Organizado pelo grupo Coletiva Feminista Malva, o evento traz 43 filmes produzidos por cineastas do sexo feminino, abordando a luta contra o machismo e questões que a perpassam, como racismo, lesbofobia, cultura do estupro, feminicídio e assédio, entre outras. A programação inclui debates e mesas-redondas com diretoras.
“O cinema, geralmente, é uma seara dominada pelos homens. Então, mais do que criar um evento para falar sobre mulher, o que fizemos foi dar visibilidade ao trabalho das cineastas”, conta Letícia Souza, uma das curadoras da mostra.
As 10 sessões são organizadas por assunto. Destaca-se, por exemplo, o documentário Vamos falar do assédio, de Paula Sacchetta, com 26 relatos de mulheres – algumas falam sobre a experiência pela primeira vez. Na sessão Existimos porque re-existimos, discussões sobre homofobia e o amor entre mulheres terão lugar a partir da exibição de longas como Na esquina da minha rua favorita com a tua, de Alice Name-Bomtempo. O enredo conta a história de duas garotas que se conhecem no cinema.
O racismo será tema das duas últimas sessões da mostra, sobretudo em mesas que se seguirão aos longas Mulheres negras: projetos de mundo, de Day Rodrigues, e Mataram nossos filhos (genocídio dos jovens negros), de Suzana Lira.
“Montamos programação bem diversa, com temas ricos, para debater sobre a mulher sem cair numa perspectiva horizontalizadora. A mulher negra e a mulher periférica, por exemplo, vivem realidades bem diferentes da que experimenta a mulher branca de classe média. Os filmes captam essas nuances”, explica a curadora.
• 3ª MOSTRA DE CINEMA FEMINISTA
» HOJE
17h: Medo de não acordar amanhã, de Camila Marchon; Autopsia, de Mariana Barreiros; Clausura, de Mariana França. 18h: O mais barulhento silêncio, de Marccela Moreno; Poesia segunda pele, de Pâmela Ohnitram; Diva, de Clara Bastos; Corpo manifesto, de Carol Araújo. 19h30: Precisamos falar sobre assédio, de Paula Sacchetta
• Até domingo. Sesc Palladium, Rua Rio de Janeiro, 1.046,
Centro, (31) 3270-8100