Assim que a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood divulgou a lista com os nove filmes pré-selecionados para a disputa de Melhor Filme Estrangeiro, o diretor de Pequeno segredo, David Schurmann, publicou em sua página no Facebook um texto no qual fala sobre a ausência do filme, que ficou de fora da relação com os longas selecionados para disputarem a estatueta em 2017.
''O Oscar não foi desta vez'', escreveu Schurmann. O diretor se diz ''feliz'' e ''orgulhoso'' com a trajetória percorrida pelo filme. ''A corrida do Oscar começou com 85 obras internacionais e nosso filme estava nessa seleta lista. Mais do que isso! Nos últimos meses, tive a oportunidade de estar em várias sessões com membros da Academia e testemunhar que nosso filme, uma produção nacional, emocionou o público'', contou.
O diretor ainda disse que ''cada uma dessas exibições foi encerrada sob aplausos calorosos''.
Schurmann falou sobre o histórico do Brasil na premiação norte-americana. ''Desde 2008, o Brasil não fica entre os pré-selecionados da categoria de Melhor Filme Estrangeiro. O colega Cao Hamburger foi o último a chegar nesse patamar com o excelente O ano que meus pais saíram de férias. Figurar entre os cinco indicados, então, uma vitória que não se repete desde 1999 com Central do Brasil, de Walter Salles'', escreveu.
Para o diretor, a ausência na lista ''não desmerece'' Pequeno segredo, ''tampouco as demais obras que não conseguiram ficar na relação dos pré-indicados da categoria'', citando o francês Elle e o chileno Neruda, bem como os brasileiros O som ao redor, Hoje eu quero voltar sozinho e Que horas ela volta, selecionados para representar o Brasil em 2013, 2014 e 2015, respectivamente.
''A vida segue em frente com Pequeno segredo emocionando e conquistando milhares de brasileiros com sua história de amor incondicional'', disse. ''Por fim, agradeço imensamente o carinho e a torcida do público e dos colegas que apoiaram a campanha de Pequeno segredo!''.