O crítico nasceu em 1936, no Rio de Janeiro, onde se formou em jornalismo. Durante mais de 20 anos escreveu para o Jornal do Brasil, e suas críticas ganharam destaque. Nas décadas de 1960 e 1970, engajou-se na produção de cinema, e dirigiu o curta-metragem Treiler (1965) e participou de ptojetos coletivos. Foi diretor de fotografia, produtor e montador de obras importantes – Triste trópico (1974), de Arthur Omar, e Ião (1976), de Geraldo Sarno.
Seus textos e análises foram publicados em catálogos de festivais e lhe conferiram convites para participar de júris dos festivais de Veneza e Cannes. Por anos, foi o representante brasileiro no Festival de Berlim. Avellar lançou seis livros de ensaios, que acompanharam a produção do Cinema Novo e seus desdobramentos.
O crítico também teve especial importância como gestor público. Foi diretor da Cinemateca do Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro e vice-presidente da Associação Internacional dos Críticos de Cinema (Fripesci), além de curador do Festival de Gramado (de 2006 a 2011). Na chamada retomada do cinema brasileiro da década de 1990, Avellar foi diretor da Rio-Filme, distribuidora essencial para a projeção do filme nacional que lançou 94 longas-metragens entre 1992 e 2000. Foi ainda professor da Escola de Cinema Darcy Ribeiro.
Atualmente, Avellar era coordenador de cinema do Instituto Moreira Salles, com a função de elaborar a programação de filmes Em nota, o instituto lamentou a morte do crítico. “Avellar era capaz de rememorar cenas específicas, descrevendo em detalhes um singelo plano, de um filme assistido décadas atrás. Seus artigos e ensaios exibiam um vasto conhecimento da produção mundial e da história do cinema, e articulavam a difícil relação entre a sétima arte e outros campos de conhecimento, como a psicanálise”, diz o texto..