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Filme brasileiro 'O menino e o mundo' faz vaquinha virtual para financiar campanha pelo Oscar

Produtora pretende arrecadar R$ 100 mil para investir na divulgação do longa nos EUA, junto aos membros da Academia

Bossuet Alvim

 

Primeira animação brasileira indicada ao Oscar, o longa O menino e mundo conta com a colaboração de espectadores para financiar a divulgação do filme nos Estados Unidos.

Em campanha virtual de financiamento coletivo, a equipe nacional de animadores pretende arrecadar R$ 100 mil. As contribuições são retribuídas com agrados que vão de um postal do filme (a partir de R$ 24) a uma tela exclusiva assinada pelo cineasta e animador Alê Abreu (R$ 2,25 mil). Até a tarde desta terça-feira, 2, a 26 dias do prazo final, as doações já ultrapassavam R$ 61 mil.

Exibida nos cinemas brasileiros em 2014, com bilheteria total de 35 mil espectadores, a produção dirigida por Alê Abreu compete com gigantes de Hollywood na disputa pela estatueta e esbarra na falta de recursos para o embate. "Para se ter uma ideia, um dos indicados teve um orçamento 350 vezes maior que o nosso", diz comunicado da produtora Filme de Papel, que responde pelo filme. Produtora nacional esbarra em falta de recursos na disputa contra gigantes como a Disney: ''um dos indicados teve um orçamento 350 vezes maior que o nosso'' - Foto: Filme de Papel/Divulgação"Nossa produtora é pequena e nossos recursos são muito limitados", continua o texto da empresa. O valor financiado via internet será aplicado na movimentação que antecede o Oscar, quando as companhias dedicam-se a convencer os membros votantes da Academia quanto aos méritos de seus filmes.

 

"Nossa distribuidora nos EUA pediu apenas a ajuda mínima necessária para fazer uma campanha pré-Oscar que seja efetiva", declara a equipe de O menino e o mundo, que compete contra a união quase imbatível de Disney e Pixar em Divertida mente — desde a criação da categoria, em 2001, a associação das companhias já conquistou 7 Oscars.

Ainda correm contra O menino uma produção da Paramount Pictures (Anomalisa, de Charlie Kaufman), o britânico Shaun, o carneiro, e Quando a Marnie estava lá, de Hiromasa Yonebayashi. O longa japonês é apontado como o derradeiro trabalho do Studio Ghibli, fundado por Hayao Miyazaki, vencedor do Oscar por A viagem de Chihiro.

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