“A curadoria não é viciada, como em festivais de cinema. Os filmes são escolhidos por seu valor artístico, sem interferência de panelinhas”, comenta Sávio Leite, curador em parceria com Ione de Medeiros.
Alguns recortes foram feitos na seleção, com cinco longas nacionais recentes. “A mostra do VAC dá a segunda chance para filmes que passaram aqui mas ficaram pouco tempo em cartaz”, acrescenta o curador.
Quarta-feira, às 17h, no Cine Humberto Mauro, Branco sai, preto fica, de Adirley Queirós, abre a programação, mesclando ficção e documentário. O mote é a ação policial durante um baile black em Ceilândia, periferia de Brasília, na década de 1980. “Foi um filme muito incensado pela crítica”, comenta Leite. Outro longa bem discutido, mas pouco visto em BH, é Orestes, de Rodrigo Siqueira, que volta ao cartaz.
Há também três longas que ainda não chegaram ao circuito: Brasil S/A, de Marcelo Pedroso, que deve estrear em breve; Filme sobre um Bom Fim, de Boca Migotto, sobre a movimentação cultural no bairro de Porto Alegre; e Outro sertão, de Adriana Jacobsen e Soraia Vilela, que trata da experiência de Guimarães Rosa pela Alemanha nazista.
HOMENAGEM A mostra do VAC sempre ressalta a produção de algum realizador.
A mostra também reserva espaço para a produção recente de curtas. Idealizador da Mostra Udigrudi Mundial de Animação (Mumia), Leite destaca a animação Guida, de Rosana Urbes, sobre uma senhora que trabalha como arquivista e decide fazer aulas de modelo vivo. Outro destaque é o documentário Araca, o samba em pessoa, de Alequis Eiterer, sobre a cantora Aracy de Almeida.
MOSTRA CULTURA, ARTE E PODER
De quarta-feira a 5 de fevereiro, no Sesc Palladium, CCBB e Cine Humberto Mauro. Entrada franca. Ingressos devem ser retirados meia hora antes de cada sessão. Programação completa: cinemartepoder.blogspot.com.br.