Em 1967, quando chegou à cena musical brasileira pelas mãos de Caetano Veloso, que dividiu com ela seu primeiro álbum, Gal Costa já era experiente no palco.
ANOS 1960
BABY
Em 1968, Gal se juntou a Jorge Benjor e Os Mutantes no programa Divino, maravilhoso, apresentado por Gilberto Gil e Caetano Veloso na TV Tupi. A atração levava o nome da canção que ela defendeu no Festival da Música Popular Brasileira, naquele mesmo ano. Recém-chegada ao mercado no fim da década, a musa da Tropicália teve tempo de lançar dois álbuns e concretizar o espetáculo psicodélico Gal! (1969).
ANOS 1970
FATAL
Gal Costa entrou nos anos 1970 com o show Fa-tal, atração fixa de um teatro em Copacabana, no Rio de Janeiro. Dirigido por Waly Salomão, o espetáculo se transformou no disco A todo vapor, seu registro ao vivo mais significativo. A gravação de Vapor barato é até hoje uma das principais portas de entrada na obra da artista baiana.
ANOS 1980
PROFANA
O amadurecimento da artista se refletiu em um som mais pop e menos desafiador.
ANOS 1990
FELINA
Aos 48 anos, Gal Costa entrava em cena com gestos felinos no show O sorriso do gato de Alice (1994), álbum formado por faixas assinadas por Gil, Caetano, Jorge Benjor e Djavan. Com vocais no ponto exato entre talento e técnica, a cantora exibia o melhor preparo físico em toda a carreira. A turnê impactou o país por seu momento topless – depois de cantar Brasil, Gal exibia os seios e seguia com eles à mostra por boa parte do repertório. Foi a sua última empreitada com veia autoral naquela década, que seria marcada por concertos em homenagem a grandes nomes da MPB e repertório limitado por regravações.
ANOS 2000
RETRAÍDA
No início do século 21, Gal se voltou para o cancioneiro tradicional, revisitando Dorival Caymmi e Haroldo Barbosa, entre outros, além de autores contemporâneos como Arnaldo Antunes e Carlos Rennó. Chegou a flertar com sonoridades mais atuais em Hoje (2005), gravando faixas de compositores pouco conhecidos e um dueto com o congolês Lokua Kanza. Virou mãe ao adotar Gabriel, de 2 anos. Afastou-se dos palcos depois da turnê desse álbum e só voltou na década seguinte.
ANOS 2010
REINVENTADA
Em sua volta aos estúdios e palcos, Gal não poderia ser mais imprevisível. Presenteada com um álbum concebido por Caetano Veloso, a baiana descortinou novas possibilidades de sua voz em Recanto, disco sombrio e experimental. A turnê ressuscitou a intérprete de grandes momentos, com releituras eletrônicas para clássicos da carreira. Foi um projeto de estranhamento para antigos fãs e um convite para jovens ouvintes, o que se reforçou em Estratosférica, sequência mais popular do CD anterior.