Cinema

'Jurassic World' recupera impacto do primeiro filme, mas exagera no final

Mundo dos dinossauros chega aos cinemas nesta quinta

Júlio Cavani

Cenas de ação superam expectativas, mas racionalidade dos répteis não convence
Resgatar o Parque dos Dinossauros significaria correr o risco de cair em um oportunismo fácil, mas Steven Spielberg e os estúdios Universal conseguiram surpreender. 'Jurassic World', que chega aos cinemas nesta quinta, recupera o impacto provocado pelo filme original, apesar de exagerar nas cenas finais.


Dirigida pelo pouco conhecido cineasta Colin Trevorrow (com produção de Spielberg), a nova aventura aproveita as tecnologias mais recentes para dar uma verossimilhança palpável a cenas impossíveis de serem produzidas na época dos filmes anteriores da série. O temido erro de deixar tudo com aparência digital demais, por exemplo, é praticamente evitado. As cenas de terror protagonizadas pelos répteis provocam o medo e o espanto que se espera delas, com recursos clássicos de suspense associados a imagens explícitas de violência monstruosa.

Como em 99% dos filmes de ação, há várias coincidências exageradas, previsibilidade (dá para adivinhar quem vai morrer e quem vai sobreviver) e soluções apelativas, mas o maior defeito é mesmo científico, já que o comportamento dos animais apresenta uma racionalidade exagerada, sobretudo no desfecho da trama.