O novo filme do diretor pernambucano Lírio Ferreira, Sangue Azul, foi o primeiro brasileiro a marcar presença no 65º Festival de Berlim, que começou ontem e vai até o próximo dia 15. Sangue Azul estreou na mostra Panorama. Serão seis sessões do longa, que no Brasil venceu festivais como o do Rio e de Paulínia. Também integram a Panorama, Ausência, de Chico Teixeira e Que Horas Ela Volta?, de Anna Muylaert.
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De acordo com o diretor da Berlinale, Dieter Kosslick, o festival pretende destacar filmes de "mulheres fortes que enfrentam situações extremas". Por isso, a abertura exibiu Nadie quiere la noche, da diretora espanhola Isabel Coixet. Ela é a segunda mulher na história do festival a ter um filme escolhido para a inauguração. “Eu espero não ser a última”, brincou a diretora.
No longa, Juliette Binoche interpreta Josephine, esposa do explorador polar americano Richard Peary, que sai em busca do marido no gelo ártico após vários meses sem notícias, antes de descobrir que outra mulher, Allaka (Rinko Kikuchi) também esperava por ele. Para Binoche, o processo de descobrimento da personagem demandou uma entrega maior. "Comecei como um pavão e terminei o filme como um cão, de quatro", comentou.
Durante a conversa com a imprensa, a equipe do filme contou como foi rodar cenas nas gélidas paisagens da Noruega e da Bulgária. “É muito mais divertido trabalhar na Bulgária. As pessoas são gentis e o café também é mais gostoso”, disse Coixet. Binoche brincou: “Sobreviver no Pólo Norte sem lenço só na ficção”.
Dirigir, para as mulheres, é como uma estrada lotada de pedras. Eu só gostaria que fossem as mesmas pedras que as dos homens - Isabel Coixet, cineasta