Deborah Secco é homenageada na abertura do 24º Cine Ceará

Noite de abertura abre competição de longas com nova representante do cinema chileno.

por Carolina Braga 16/11/2014 12:51

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Celso Oliveira
(foto: Celso Oliveira)
FORTALEZA – A atriz Déborah Secco está em nítida fase de lua de mel com o cinema nacional. Na noite deste sábado ela foi homenageada pelo Cine Ceará no recém inaugurado Teatro José de Alencar. Mais uma vez fez questão de frisar: quer se jogar na sétima arte, afinal, a telona tem dado oportunidade de demonstrar outros dotes da intérprete, até então ocultos na televisão.
“É uma honra estar sendo homenageada em um prêmio de cinema, um espaço que lutei tanto para conseguir. Esperei a oportunidade de me tornar uma atriz de cinema. Não queria repetir o que faço na TV. Queria o desafio da película, do foco milimétrico, do tempo diferente, de poder ficar em silêncio em cena”, disse a atriz, ao receber o troféu Eusélio Oliveira. Ela comentou estar especialmente emocionada pois sua mãe é de Fortaleza.


Embora tenha participado de longas com pegada mais televisiva, como Um anjo trapalhão, Xuxa e os duentes e Caramuru a invenção do Brasil, quando a atriz comenta sua participação na telona parece contar a partir de Bruna Surfistinha. O longa dirigido por Marcus Baldini é o divisor de águas, o momento em que passa a escolher papéis mais densos. “Pretendo cada vez direcionar minha carreira no cinema, para essa atriz que eu quero ser, que se desafia”, afirmou.


Nos últimos meses Deborah tem percorrido festivais importantes no Brasil para apresentar Boa sorte. No filme dirigido por Carolina Jabor, ela interpreta Judith, interna de uma clínica de recuperação diagnosticada com Aids e hepatite. O longa acompanha os últimos dias dessa mulher sob a ótica do jovem João (João Pedro Zappa), que se apaixona por ela e pela forma como encara a vida. Boa sorte será exibido na noite deste domingo (16/11) fora de competição.

NA DISPUTA


Na noite de abertura do Cine Ceará foram exibidos o curta Fluxos, do cearense Diego Akel e o longa Não sou Lorena, da diretora chilena Isidora Marras. O trabalho brasileiro, embora realmente bastante curto, são apenas 2´42 min, traz uma interessante exploração da técnica de animação feita com massa de modelar. É bem plástico.


A criação de Isidora Marras faz parte da Mostra competitiva Ibero-americana. O filme aborda a questão da identidade em um mundo caótico em informações. Não sou Lorena começa de forma muito instigante. Narra a história de uma atriz, Olívia (Loreto Aravena) que se sente atordoada a partir do momento começa a receber ligações por engano em nome de Lorena Ruiz. Enquanto tenta provar quem de fato é, confunde a própria identidade.


A ideia de Isidora Marras é instigante e ela consigue prender o espectador nos primeiros minutos inclusive com críticas à sociedade alienada de hoje. O problema é que à medida em que o filme avança o roteiro não consegue desembaraçar a história de Olívia/Lorena e parece cair na mesma armadilha de sua protagonista. Não sou Lorena foi exibido no Festival de Toronto e no próximo mês seguirá para a Índia, onde também foi selecionado para uma mostra.
(A repórter viajou a convite do Cine Ceará)

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