Cinema

Terry Gilliam, do Monty Python, é acusado de plagiar mural feito por grafiteiros na Argentina

Segundo processo, novo filme do artista britânico pratica ''desapropriação flagrante'' da obra

Artistas argentinos trabalham em mural que teria sido plagiado por novo filme de Gilliam
Um grupo de artistas de grafite de rua processou Terry Gilliam, ex-estrela do grupo de comédia Monty Python, e outros associados, dizendo que ele copiou um mural psicodélico em Buenos Aires para seu novo filme, do qual é diretor. Os artistas acusam Gilliam, os produtores e os parceiros de distribuição do filme, incluindo a Voltage Pictures e a Amplify, de "desapropriação flagrante” de seu mural para compor o filme 'O teorema zero'.

 

O processo, apresentado em uma corte federal de Chicago (EUA) esta semana, ocorreu antes do lançamento do filme nos cinemas norte-americanos, previsto para o mês que vem. Os queixosos dizem que Gilliam mostrou um “repetido desrespeito” pela lei de direitos autorais.

 

O diretor e sua equipe de produção foram processados anteriormente por conta de uma cadeira de tortura mostrada no filme '12 macacos', de 1995, a qual foi “obviamente baseada” em um desenho do artista Lebbeus Woods, de acordo com o processo. Woods eventualmente fez um acordo sobre o caso. “Mr. Gilliam”, disse a queixa contra ele, “não aprendeu sua lição”.


Uma porta-voz da Voltage não quis comentar o caso. 'O teorema zero' é estrelado pelo ator vencedor do Oscar Christopher Waltz, que interpreta Qohen, um gênio de computador recluso que tenta encontrar o significado da existência. O personagem vive em uma igreja queimada, cujo exterior, junto a um sex shop adjacente, é coberto de grafite, o qual remonta ao trabalho dos artistas, segundo eles.

No processo, os artistas mostram uma comparação lado a lado das versões real e do filme de partes do mural: um homem de turbante, um rato parecido com um humano, e um rosto que se desenrola em fitas coloridas.