Defensor da pesquisa de linguagem e da necessidade de trabalhos mais autorais para as telas, o diretor e montador Ricardo Miranda deixa seu nome marcado na história do cinema brasileiro como um homem de ideias radicais, fiel à experimentação. Ele morreu ontem, aos 64 anos, no Rio de Janeiro.
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Nascido em Niterói, Miranda iniciou a carreira artística em 1968. Amor, carnaval e sonhos (1972), de Paulo César Saraceni, foi o primeiro longa montado por ele, que trabalhou com os diretores Luiz Rosemberg Filho (Crônicas de um industrial), Ivan Cardoso (O segredo da múmia), Joel Pizzini e Paloma Rocha (Anabazys) e Helena Ignez (A canção de Baal). Em 1991, dirigiu seu primeiro longa de ficção, Assim na tela como no céu, apresentado em festivais nacionais e estrangeiros.
Em 2011, Ricardo concluiu Djalioh, longa de ficção premiado na Mostra do Filme Livre 2012. Em parceria com o antropólogo Carlos Alberto Messeder, escreveu o livro Televisão – As imagens e os sons: no ar do Brasil. Ele era professor da Escola de Cinema Darcy Ribeiro, no Rio de Janeiro. O corpo do cineasta será enterrado hoje no Cemitério São João Batista, na capital fluminense.