Foi uma pena Joaquin Phoenix ter sido “esnobado” na categoria de ator, já que criou um Theodore tão essencial à narrativa quanto é a voz de Scarlett Johanson. A situação faz pensar o quanto o sistema de categorias cristalizado pela Academia pode ser insuficiente para dar conta do cinema atual. Para quem não sabe, ele intepreta um homem que se apaixona por um programa, no caso, a voz de Scarlett.
A originalidade como Jonze conta a história sobre o futuro do presente o coloca na dianteira pelo prêmio de roteiro original. Vale ressaltar que, mais uma vez, a concorrência merece respeito. Jonze tem pela frente Woody Allen (Blue Jasmine), jovens apostas como as duplas David O. Russell/Eric Warren Singer (Trapaça) e Craig Borten/Melisa Wallack (Clube de compras Dallas), e o estreante Bob Nelson (Nebraska).
Já entre os roteiros adaptados, é curiosa a presença de Antes da meia-noite em meio a quatro relatos de histórias reais, contadas em livro antes do cinema: 12 anos de escravidão; Capitão Phillips; O Lobo de Wall Street e Philomena. Aqui, o páreo está difícil. O longa escrito por Richard Linklater, Julie Delpy e Ethan Hawke figura sem chances nesta categoria porque se trata da continuação dos ótimos Antes do amanhecer e Antes do pôr-do-sol. O prêmio do Sindicato dos Roteiristas foi para Capitão Phillips.