Trinta e seis por cento de suas 2.092 (em números de outubro) têm equipamento que permite a exibição em 3D. E ela só ocorre em salas que são digitalizadas. “Até o fim de 2014, os grandes fornecedores de conteúdo para cinema (os estúdios) não terão mais película. Isso quer dizer que as salas terão que digitalizar seus equipamentos”, continua Spencer, comentando que o número de salas digitais no país é muito semelhante ao de salas em 3D (no mercado norte-americano, mais de 90% das salas foram digitalizadas).
O crescimento das salas digitais tem sido rápido nos últimos anos. “Até porque o 3D tem um papel muito importante no mercado, já que é o ingresso que dá mais lucro para os exibidor (ele custa 25% mais)”, acrescenta Spencer. Na verdade, a questão, que vem movimentando o mercado nos últimos cinco anos, é mais abrangente.
Uma cópia em 35mm custa em torno de US$ 2 mil. “E cada filme precisa de seis a sete latas para fazer a película”, explica. Com a digitalização, os filmes passaram a ser enviados por disco rígido, o que barateou e muito o processo. Houve, por um lado, a economia das distribuidoras e dos estúdios. Mas as exibidoras, para entrarem no jogo, têm que investir. “Um projetor digital novo custa entre US$ 100 mil e US$ 200 mil.” Um valor muito alto, ainda mais se falarmos em pequenas salas, que não pertencem a grandes grupos de exibição. Tal investimento vem sendo subsidiado pelos próprios fornecedores de equipamento ou distribuidoras por meio do chamado Virtual Print Fee (VPF).