Última esposa de Glauber Rocha lança seu primeiro filme de ficção

Longa-metragem 'Exilados do Vulcão', de Paula Gaitá, será exibido no Festival de Brasília

por Diário de Pernambuco 16/09/2013 09:57

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Festival de Brasília/ Divulgação
Cena de Exilados do Vulcão (foto: Festival de Brasília/ Divulgação)
“É sempre um prazer falar dele”, admite, ao telefone, a multiartista Paula Gaitán. O “ele” em questão — na conjuntura de vida da cineasta, fotógrafa e poeta — foi seminal: entre 1976 e 1981, Glauber Rocha viveu ao lado dela como marido e incentivador. A satisfação é completa, nesse sacudir de memórias que, por sinal, formatam a obra, em cinema, de Paula Gaitán.

“As pessoas falam do Glauber com muito carinho porque sabem que o afeto nosso se mantém muito vivo. Pra mim, não tenho resistência de falar dele, porque sempre foi uma pessoa muito importante na minha vida. Ele representa um pensamento vivo, rico e luminoso do cinema brasileiro. Glauber só traz alegria, para quem vê seus filmes ou lê seus livros”, analisa. A cineasta teve dois filhos com o diretor baiano. Em 'Diário de Sintra', feito há seis anos e assinado pela diretora, traz “uma reflexão, em voz alta” da intimidade do casal.

Diretora de arte de 'A idade da Terra' (1980), fita glauberiana com tomadas em Brasília (locação em que o cineasta esparramou o intelecto pelas páginas do Correio Braziliense, onde trabalhou nos anos 1970), Paula Gaitán voltará à capital que alimentou a paixão por Glauber, na disputa por prêmios Candango, com a abertura, terça-feira, do 46º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. “'Exilados do vulcão', que será apresentado, é meu quinto longa. Como dirijo filmes há 25 anos, as pessoas sabem dividir muito bem minha vida com Glauber: já tenho um espaço próprio.”

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