Red 2 faz sátira aos filmes de ação

por Walter Sebastião 04/08/2013 00:13

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Paris Filmes/Divulgação
(foto: Paris Filmes/Divulgação)

A franquia Red vem marcando presença irreverente na filmografia dedicada a espiões. Tanto o primeiro como o segundo filmes são apenas corretos, com momentos divertidos. Mas ambos têm aspecto que os torna diferentes: uma penca de atores veteranos: Bruce Willis, John Malkovitch, Helen Mirren, Catherine Zeta-Jones, Mary-Louisie (e, em Red 2, Anthony Hopkins). E na pele de personagens nada exemplares: são agentes dos serviços secretos (norte-americanos, ingleses e russos) aposentados, desiludidos, que trabalham só por dinheiro ou pelo prazer de matar. Durante décadas, um agente tentou assassinar o outro.

O mote dos dois filmes é o mesmo. Frank Moses (Bruce Willis) é um ex-espião cujo sonho é curtir casa, namoro e culinária. Mas ele se vê envolvido em empreitadas amalucadas. Em Red 2 – Aposentados e ainda mais perigosos, ele tem que enfrentar a namorada, Sarah (Marie-Louisie Parker), que não quer vida caseira, mas participar das aventuras dele. Os dois acabam envolvidos na busca de um cientista (norte-americano, que depois trabalhou para a Rússia, preso em Londres) que inventou, há mais de 30 anos, uma bomba atômica “limpa”. Ele volta à cena, foge do hospício e quer negociar o artefato com o governo iraniano.

Red 2, com ironia, leva ao extremo todos os clichês dos longas de ação. A trama complica demais filme cujo aspecto mais saboroso é visão esculachada, ácida mesmo, de tema para lá de atual – a espionagem governamental. Não atrapalha porque histórias mirabolantes, mal explicadas, são parte da receita do gênero. O divertido é o modo como velhinhos da pesada, praticamente amorais, ocupam a tela. Em especial as falas deles, sejam comentários, conselhos ou recordações dos “bons tempos.” Mas, infelizmente, são também personagens ainda em busca de um filme à altura do carisma deles.

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