Cinema

'O grande Gatsby' de Baz Luhrmann trafega bem entre realidade e sonho

Filme funciona como espetáculo glamuroso sobre os anos 1920

Walter Sebastião

Warner Bros/Divulgação
Quem é fã de Leonardo DiCaprio vai adorar 'O grande Gatsby'. Cada aparição do ator tem todo o capricho para enfatizar que ele continua sendo um dos bonitões da tela grande. E o ator está correto. Revelando que sabe escolher bem os projetos nos quais embarca e que sobrevive, sem perder a reputação, mesmo quando eles naufragam.


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Quem quer apenas um programa divertido para o fim de semana, também vai aprovar. Trata-se de um filme espetáculo, glamuroso, sobre os anos 1920, contando a história de um sujeito misterioso, de forma direta, que leva o espectador ao mundo fantástico dos multimilionários. Mais do que isso seria pedir muito e, o melhor, é procurar outro filme.

'O grande Gatsby' de Baz Luhrmann tem como narrador o aspirante a escritor Nick Carraway (Tobey Maguire). Um homem de família pobre, do interior, vivendo na Nova York dos anos 1920, movida por jazz e extravagâncias de gente enriquecida com o mercado de ações e o contrabando (são os tempos da lei seca, que proibiu a fabricação e a venda de bebidas alcóolicas). Ele se torna vizinho de um misterioso e festeiro milionário, Jay Gatsby (Leonardo DiCaprio). Investigando a vida de Gatsby, descobre que o ricaço é apaixonado por Daisy (Carey Mulligan), sua prima, casada com Tom Buchanan (Joel Edgerton), amigo dos tempos de faculdade, também rico. Carraway decide aproximar os dois.

O que está na tela é o vale-tudo do capitalismo norte-americano do início do século 20. É um filme convencional, mas bem construído em todos os aspectos. Nada nem ninguém destoa do meio tom entre realismo e sonho, distanciamento e busca de intimidade com o espectador, que rege o filme. Até eventual nostalgia, flerte com o modismo do retrô, é controlada, dosada, para não deixar arestas.

Aquecendo a trama, apresentada de forma fria, estão cenas espetaculares, em especial das festas de Jay Gatsby. Tudo funciona como um relojinho, do início ao fim, justificando cada tostão que o espectador pagou pelo ingresso.

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