De acordo com o cineasta e representante do setor no Conselho Estadual de Cultura, Sérgio Borges, o compromisso é decorrente da apresentação de petição assinada por cineastas, atores e produtores. No documento, os trabalhadores da área constatam a defasagem da produção mineira em relação a outros estados e atribuem isso, entre outras coisas, à bianualidade do prêmio.

“O Filme em Minas nos parecia defasado. Tem uma série de problemas, e um deles é que, por ser bienal, criava-se um hiato na produção”, explica Sérgio Borges. Junto com ele, também estiveram com o governador os diretores Cao Guimarães, Marília Rocha, André Novaes, Gilberto Scarpa, Helder Quiroga e Marco Aurélio Ribeiro, da Associação Curta Minas. Na avaliação de Sérgio Borges, a anualidade é fundamental para o desenvolvimento do cinema mineiro.

“Nesses termos, vamos praticamente dobrar o investimento do audiovisual, que é um fator que vai possibilitar que mais pessoas ganhem. Este ano, por exemplo, provavelmente serão premiadas três ou quatro produções em longa. É insuficiente para o número de projetos apresentados”, comenta. Segundo o diretor, ainda que sejam instrumentos importantes, a Lei Estadual de Cultura e o Fundo Municipal de Cultura não têm atendido especificamente a produção. “Não conseguimos captar”, revela.