Cinema

Jornalista lança site sobre mulheres que têm ligação com o cinema brasileiro

No endereço virtual, é possível pesquisar a vida e a obra de atrizes das telas nacionais. Adilson Marcelino pretende disponibilizar 700 perfis ainda neste ano

Carolina Braga

Adilson Marcelino apresenta nova versão do site Mulheres do cinema brasileiro
Foi na plateia de 'Eros, o deus do amor', de Walter Hugo Khouri, que o cinéfilo Adilson Marcelino viu o que mais tarde se tornaria sua paixão. “Era um trailer só com atrizes. Um desfile de várias mulheres, muitas delas eu nunca tinha visto na vida. Aquilo me fascinou e inquietou”, lembra sobre a experiência de 1981. A curiosidade foi aguçada de tal forma que, mais de 30 anos depois, continua despertando interesse do jornalista em pesquisar a vida e a obra de atrizes que povoam as telas nacionais. O lançamento hoje da segunda versão do site Mulheres do cinema brasileiro reforça a vocação histórica do projeto, lançado há 10 anos.
 
Adilson catalogou cerca de 500 atrizes, produtoras, pesquisadoras envolvidas de alguma maneira com a produção de filmes no Brasil. Primeiro publicou em fotolog, depois em site e percebeu que o conteúdo valioso se perdia em navegação limitada. Contemplado no edital do projeto Filme em Minas, ele pôde dar uma repaginada no endereço da internet, organizar o conteúdo e ainda se preparar para alcançar a meta de 700 perfis até o meio do ano. “Acho que o número de visitantes vai aumentar. Não é um site factual, é de perfil histórico, daí sua dinâmica diferenciada”, ressalta. 

Na nova versão, o site é organizado como complexo de cinema. Salas temáticas carregam nomes de atrizes como Sandra Bréa, Isabel Ribeiro, Zezé Motta, Darlene Glória e outras. Além dos perfis, o conteúdo é complementado com entrevistas, homenagens e pequenos comentários sobre alguns filmes. A repaginação será inaugurada com homenagem às mineiras. “São entrevistas; a primeira com Wilma Henriques, primeira-dama do teatro mineiro, que fez cinema, caso, por exemplo, de 'O menino e o vento', de 1967, de Carlos Hugo Christensen”, conta.