Na acirrada disputa pelo homenzinho dourado da Academia de Ciências e Artes Cinematográficas de Hollywood, é difícil apontar perdedores reais antes da grande festa de 24 de fevereiro, em Los Angeles (EUA). Mas Ben Affleck, que vinha sendo apontado como um deles, pode ter tido sua “redenção” com o Globo de Ouro, com as premiações de filme e diretor para Argo (no Oscar ele não foi indicado como diretor nem ao prêmio de ator). Agora, na cerimônia de fevereiro, Argo entra fortalecido na disputa por sete categorias: filme; ator coadjuvante, para Alan Arkin; roteiro adaptado, para Chris Terrio; edição; trilha sonora; edição de som; e mixagem de som. Dizem as más línguas que Affleck, que faturou um Oscar em 1998 pelo roteiro que coassinou com Matt Damon, de Gênio indomável, não teria sido indicado a ator e diretor por Argo porque, depois de seu primeiro Oscar, esteve em aparições duvidosas como protagonista de filmes (já Matt continuou em alta). Argo é o terceiro longa de Affleck como diretor (depois de Medo da verdade e Atração perigosa). O filme conta a história de uma tentativa da CIA de retirar diplomatas de Teerã durante a crise dos reféns de 1979. Na história real, a operação envolveu equipe de filmagem fictícia. Na ficção, Hollywood entra em cena como heroína, o que parece ter pesado nas sete indicações. Já nas categorias direção e ator, nem mesmo o lobby de George Clooney, um dos produtores do filme, funcionou como planejado. Você sabia que a palavra argo, na mitologia grega, é o nome do navio que Jasão e os argonautas usaram para buscar o velo de ouro? O filme, adaptação do livro homônimo de Antonio Mendez (Editora Intrínseca), já saiu de cartaz em BH e ainda não há previsão para lançamento do DVD. Veja o trailer de Argo: