Série Sessão de terapia conquista o público e vai ganhar nova temporada em 2013

por Ana Clara Brant 25/11/2012 09:29

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Jorge Bispo / Divulgacao
(foto: Jorge Bispo / Divulgacao)

Um elenco afiado, um tema envolvente e inédito na TV, uma direção primorosa e, sobretudo, uma dramaturgia extremamente rica. Essa junção de ingredientes fez com que a série Sessão de terapia, que vai ao ar diariamente no canal pago GNT, se tornasse um dos programas em cartaz de maior repercussão. O sucesso de crítica e de público da atração – que é a versão brasileira da série israelense Be Tipul, de Hagai Levi – deve garantir nova edição em 2013. O último episódio da primeira temporada será exibido na sexta-feira.

Ambientado em um consultório de terapia, o seriado, com direção de Selton Mello, marcou a estreia do canal em uma grande produção de ficção. Sessão de terapia acompanha o tratamento de cinco pacientes do doutor Theo Ceccato (Zécarlos Machado). Cada dia da semana é pontuado pelos dilemas, dores e alegrias dos personagens vividos por Maria Fernanda Cândido (Júlia), Sérgio Guizé (Breno), Bianca Müller (Nina), André Frateschi (João), Mariana Lima (Ana), e, na sexta, é dia de o próprio Theo trocar de lugar para a sessão com sua analista, Dora, papel de Selma Egrei, junto com a esposa, Clarice, vivida por Maria Luísa Mendonça.

Quem teve a ideia de trazer a novidade para o Brasil foi o produtor Roberto d’Ávila, da Moonshot Pictures. A versão brasileira é uma “adaptação cultural” do original israelense. Roberto conta que os conflitos centrais foram mantidos, até porque, segundo ele, são temas universais, contemporâneos e urbanos, mas uma ou outra caraterística tiveram que ser alteradas.

“O Breno, por exemplo, que lá fora é um piloto de guerra e solta bomba nos palestinos, aqui virou um atirador de elite, porque nossa guerra é interna. Mas a arte psicológica, que é o essencial, a gente manteve. No caso dele, tem a questão da culpa e da relação com o pai, que é bem complicada. O mais fantástico dessa série é que todos aqueles conflitos existem em qualquer lugar. Quem não conhece ou se identifica com uma menina que tem um relacionamento complexo com o pai ou um casal em crise? Além do mais, é algo inédito na televisão. De certa forma, acho que gente presta um serviço e uma homenagem aos terapeutas”, observa o produtor.

“O valor central da série é a verdade. Você tem que acreditar naquelas histórias. Sessão de terapia praticamente não tem externas, fica centrado no diálogo terapeuta/paciente. Um dos grandes méritos dessa série, sem dúvida, é o texto”, opina o produtor.

Fissuras da alma E foi esse um dos principais motivadores para que o ator Zécarlos Machado se aventurasse no projeto. Assim que se deparou com o “nobre e rico material” não teve dúvidas. “Quando você pega um texto bom, uma dramaturgia interessante, isso cativa você. Quando fiz o teste, percebi que aquilo mexia com camadas que me interessam. Você lida com a fragilidade humana, as pequenas fissuras da alma, e tudo foi feito com muito cuidado e uma delicadeza impressionante”, ressalta o ator, que vive o terapeuta.

A humanização de seu personagem também chamou atenção de Zécarlos, que, assim como o restante do elenco, contou com a consultoria de um psicólogo. No entanto, o ator revela que construiu Theo a partir de sua percepção e intuição. “Nunca fiz terapia, mas sou casado com uma terapeuta. Não quis assistir a nenhuma das outras versões para poder criar o meu personagem de acordo com as minhas vivências. Além do mais, o roteiro (de Jaqueline Vargas, também responsável pela adaptação) já chega com uma sensibilidade e uma linguagem que facilitam o trabalho”, afirma.

Zécarlos Machado conta que alguns espectadores que o encontram nas ruas brincam querendo marcar uma sessão e está impressionado com a repercussão do programa nas mais variadas classes sociais, idades e profissões. “Recebo manifestações de todo tipo de gente. Tenho muito orgulho de tudo isso e tomara que vingue a próxima temporada. As pessoas já estão chamando a minha linha de trabalho de ‘theorapia’”, diverte-se.

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