Cineastas e produtores ainda desconhecem a nova plataforma do audiovisual da Secretaria de Estado da Cultura

Objetivo é estimular a produção cinematográfica de Minas Gerais

por Carolina Braga 21/09/2012 09:12

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Ainda é bastante tímida a repercussão da plataforma do audiovisual divulgada pela Secretaria de Estado da Cultura para estimular a produção cinematográfica de Minas Gerais. Dois dias depois da apresentação, durante o Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte, cineastas, produtores e demais participantes da cadeia do audiovisual procurados pelo Estado de Minas ainda não haviam se inteirado da proposta do governo. O principal avanço da plataforma é o seu conceito. Ou seja, um entendimento sistêmico para o uso organizado de instrumentos que já existem, tais como o programa Filme em Minas, o Cine Humberto Mauro e a Rede Minas. A plataforma se organiza em torno de sete eixos. As principais novidades são o incentivo à circulação dos festivais de cinema realizados em Minas, fomento às atividades dos cineclubes e o lançamento de um edital para a produção de séries documentais ou de ficção. “Estamos de ouvidos abertos. Recebemos pedidos de audiência de todas as formas. Isso vai refinando a nossa escuta. A plataforma nos permite ter uma visão mais elaborada do que está sendo feito. É o primeiro passo”, resume a superintentende de ação cultural, Janaína Cunha Melo. Segundo ela, a dinâmica da plataforma foi desenvolvida a partir de demandas apresentadas pelos profissionais da área. No caso dos cineclubes, por exemplo, está prevista a realização de um encontro estadual dos cineclubistas, mapeamento para o cadastro de todos os espaços e a disponibilização do acervo do Filme em Minas para exibição. “O retorno que tivemos foi que o acervo da Programadora Brasil não atende tudo o que eles querem. Vamos sistematizar a liberação dos filmes do programa”, detalha a superintendente. RECURSOS Em termos de destinação de recursos para o fomento do audiovisual no estado, a plataforma deixou um pouco a desejar. Por impedimentos ligados à legislação eleitoral, a Secretaria da Cultura não pode lançar edital com destinação de recursos neste período. Assim, ficou para 2013 o detalhamento do prêmio que vai selecionar 10 projetos de séries divididos em ficção, documentário e animação. Por enquanto, o estado trabalha com a perspectiva de R$ 1,5 milhão para atender todas as frentes do programa de estímulo, ou seja, tanto o prêmio para as séries quanto ações como o fomento para participações em seminários nacionais e internacionais. “É um programa voltado para a inserção no mercado no sentido de desenvolvimento econômico na cadeia. Falamos em mercado do ponto de vista da sustentabilidade”, esclarece Janaína. Para quem aguardava novidades voltadas especificamente ao estímulo da produção de longas e curtas-metragens neste momento, a plataforma do audiovisual não traz avanços. A boa notícia é que o edital do próximo biênio já está no forno, com previsão de divulgação para novembro ou dezembro.

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