Foi praticamente sem pronunciar uma palavra que o ator francês Jean Dujardin tornou-se conhecido no mundo inteiro. Estrela de O artista, ele está de volta à telona em longa que em nada lembra a produção vencedora do Oscar 2012. Os infiéis é mais um daqueles projetos que reúne um grupo de diretores em torno de um mesmo tema. No caso, o nome do longa deixa bem claro o que está em questão. Claro que tem sexo no meio.
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O próprio Dujardin capitaneou o projeto e convidou os cineastas Emmanuelle Bercot, Fred Cavayé, Alexandre Courtè, Michel Hazanavicius, Jan Kounen, Eric Lartigau e Gilles Lellouche para comandar os episódios. Ele também dirige um deles. É praticamente uma orgia cinematográfica. Além dos oito diretores, foram cinco roteiristas e quatro produtores.
São nove tramas que se embolam. Há um vasto cardápio de infiéis. Desde aqueles arrasadores de balada, que ficam com várias mulheres na mesma noite, passando pelo perfil do homem que gosta daquelas mais experientes, o santo que não resiste a um rabo de saia, o quarentão com queda por ninfetas e assim por diante.
Os infiéis ultrapassou o público de 2 milhões de espectadores na França. A produção foi alvo de duras críticas, principalmente pela forma machista como abordou as traições, principalmente as masculinas. Tendo a comédia como gênero central, o filme retrata desde casamentos em crise até diversas ações dos famosos canastrões. Ainda que não aprofunde nas questões abordadas, o longa se apresenta como uma crítica às convenções amorosas.
Alma do negócio
Parte da polêmica causada por Os infiéis foi culpa dos cartazes. O material de divulgação precisou ser retirado de circulação por ter siso considerado ofensivo. Na imagem há uma sugestão de superioridade dos homens frente às mulheres. A “ousadia” fez com que Stéphane Martin, diretor da organização que fiscaliza a publicidade na França, declarasse que “as peças publicitárias ferem a dignidade das mulheres, apresentando-as como objetos sexuais”.
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