Relembre a carreira de Tony Scott, diretor de Top gun e outras grandes obras do gênero de ação

Diretor morto em Los Angeles no domingo, 19, deixa legado em 43 anos de trabalho por trás das câmeras

por Bossuet Alvim 20/08/2012 07:27

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Reprodução/Divulgação
Personagens fortes e a exigência de atuações únicas marcaram longas dirigidos por Scott (foto: Reprodução/Divulgação)
 

Ostentando como joia máxima o clássico oitentista Top gun (Ases indomáveis no Brasil), de 1986, o legado de Tony Scott é extenso e não deve se ofuscar com a morte do cineasta, que pôs fim à própria vida no domingo, 19 de agosto, ao saltar de uma ponte em Los Angeles. Além do arrasa-quarteirão sobre cadetes da aeronáutica norte-americana que encabeça a lista de seus filmes mais conhecidos, a obra do diretor abrange outras perspectivas, como a filmagem de um roteiro com forte inspiração na biografia de Quentin Tarantino, assinado pelo próprio. Saiba mais sobre a morte de Tony Scott Seguindo os passos do irmão mais velho, Ridley Scott, Tony conquistou grandes feitos no cinema de Hollywood, quase sempre envolvido em projetos de enorme arrecadação e baixa repercussão entre os críticos. Consagrado como diretor de blockbusters, definiu alguns atores como colaboradores recorrentes, entre os quais se destaca o premiado Denzel Washington. Relembre alguns dos filmes que se destacam na filmografia de Tony Scott:

 

The hunger (Fome de viver), 1983

A estreia do cineasta como diretor de um longa aconteceu com elenco estelar, que incluía Catherine Deneuve como a protagonista, David Bowie como seu namorado, Susan Sarandon de mocinha e um novato Willem Dafoe. Planejado para disputar público com a adaptação do best-seller Entrevista com o vampiro, o roteiro sobre criaturas sobrenaturais que atacavam frequentadores da vida noturna resultou em fracasso de bilheteria e provocou um lapso de dois anos na carreira de Scott. Décadas depois, alcançou status de obra cult graças ao dinamismo de linguagem e estética que Scott, como diretor de comerciais para a TV, conseguiu aplicar sobre a película.

Top gun (Ases indomáveis), 1986

A consistência do trabalho por trás das câmeras em The hunger serviu como cartão de visitas para a inclusão de Tony no ambicioso projeto da Paramount Pictures, que resultou em uma das maiores arrecadações de bilheteria da década de 80. Apesar de não ter conseguido o sabor da crítica a seu favor, o cineasta experimentou pela primeira vez o sucesso incontestável com o público, que garantiu ao filme status de reprise eterna — assim como seu trabalho seguinte, Um tira da pesada II, outro campeão de críticas negativas e lucros imensos. Quatro anos depois, Days of thunder (Dias de trovão) revisitaria a parceria entre Scott e Tom Cruise, protagonista de Top gun, em outro filme de fórmula fechada e rendimento garantido.

True romance (Amor à queima roupa), 1993

Com script autobiográfico de Quentin Tarantino, o longa mantém a tradição de elencos fortes na carreira de Scott, com Christian Slater, Dennis Hopper, Patricia Arquette, Val Kilmer, Brad Pitt, Gary Oldman e outras estrelas consagradas e em ascensão à época. O peso do estilo conferido à produção por Tarantino — o cineasta da moda no começo dos anos 90 — foi suficiente para elevar Tony ao equilíbrio entre sucesso com espectadores e críticos, feito que marcaria sua longa carreira de filmes milionários e sem boa repercussão na imprensa.

Enemy of the State (Inimigo do Estado), 1998

Um dos thrillers responsáveis pela consolidação de Will Smith no gênero de ação, o longa segue à risca as fórmulas do agente do governo que se envolve em uma situação de risco com organizações poderosas. Foi um dos maiores sucessos de público da carreira de Scott, apesar de uma recepção morna da crítica especializada.

Domino (A caçadora de recompensas), 2005

A extensa sequência de roteiros de ação dirigidos por Tony ganhou uma contribuição inusitada com a adaptação da história real de Domino Harvey, modelo da agência Ford que abandonou uma vida de classe média alta para tornar-se caçadora de recompensas. O roteiro estrelado por Keira Knightley era um investimento antigo do diretor, que confiava no sucesso da produção. O resultado foi fraco entre os críticos e gerou prejuízo na arrecadação, mas ajudou a consagrar mais uma estrela na sucessão de afilhados artísticos de Tony Scott.



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