Roman Polanski ganha retrospectiva em BH

Filmes do diretor polêmico serão exibidos no cineclube Oi Futuro

04/08/2012 10:27

INFORMAÇÕES PESSOAIS:

RECOMENDAR PARA:

INFORMAÇÕES PESSOAIS:

CORREÇÃO:

Preencha todos os campos.
Jean-Paul Pelissier/Reuters
Cineclube Oi Futuro exibe filmes de Roman Polanski (foto: Jean-Paul Pelissier/Reuters)
Este mês, o diretor Roman Polanski ganha retrospectiva em BH. O Cineclube Oi Futuro exibirá clássicos de seu currículo: nesta sexta-feira, às 19h, estará em cartaz O bebê de Rosemary, com Mia Farrow e John Cassavetes. Dia 11, será a vez de Chinatown. Dia 18, o público poderá conferir o premiado O pianista e, no dia 25, vai assistir a Repulsa ao sexo, com a bela Catherine Deneuve. A sala fica na Avenida Afonso Pena, 4.001, Mangabeiras.
 
O polonês Roman Polanski é um dos nomes maispolêmicos do cinema contemporâneo, tanto por seu talento quanto pelos problemas que marcaram sua vida pessoal. Há 44 anos, ele chamou a atenção do mundo com o filme O bebê de Rosemary, que se tornou cult entre as fitas de terror psicológico. Depois, passou a frequentar páginas policiais.
 
Em agosto de 1969, sua mulher, a atriz Sharon Tate, e amigos foram assassinados na mansão do casal pelo maníaco Charles Manson. Em 2009, Polanski foi detido na Suíça, onde participaria do Festival de Zurique, por causa de mandado de prisão expedido há três décadas nos EUA. Motivo: admitiu ter mantido relações sexuais, em 1977, com uma garota americana de 13 anos. O diretor fugiu para a Europa e teve de evitar países que mantinham acordos de extradição com os americanos. Por isso, deixou de trabalhar na Inglaterra e não foi a Hollywood, em 2002, buscar o Oscar pela direção de O pianista.
 
Recentemente, os cinemas da cidade exibiram a última produção de Polanski: Deus da carnificina, que estreou no Festival de Veneza em setembro. Baseado na peça da francesa Yasmina Reza, o filme mostra dois casais se engalfinhando ao tentar selar as pazes entre os filhos, garotos que se meteram em briga de escola. O tom excessivamente teatral desagradou a parte da crítica, mas o elenco mereceu elogios. O diretor convocou os ótimos atores Jodie Foster, Kate Winslet, Christoph Waltz e John C. Reilly.
 
Para variar, o fantasma da extradição não deixou de rondar Deus da carnificina. Ambientada em Nova York, a trama teve de ser rodada em Paris, pois Polanski não podia entrar nos Estados Unidos devido a seus problemas com a Justiça. Na Suíca, ele amargou prisão domiciliar de setembro de 2009 a julho de 2010, quando autoridades do país decidiram não enviá-lo para os EUA.
Detalhe: a saga do diretor, que completa 79 anos este mês, rendeu até filme: o documentário Roman Polanski: A film memoir, de Laurent Bouzereau.


MAIS SOBRE CINEMA