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'Profundamente triste', diz Ludmilla após confusão em bloco no Rio



Ludmilla disse estar "profundamente triste" com a confusão que ocorreu durante o desfile do bloco Fervo da Lud, nesta terça-feira, 5. Uma confusão provocou o encerramento mais cedo do bloco da cantora, no centro do Rio

"Gente, o carnaval é tempo de festa, alegria, união e também de doação de amor ao próximo, um momento de respiro para um povo que batalha o ano todo para alcançar seus objetivos. Há dois anos, criei o Fervo da Lud com isso em mente: levar alegria e diversão ao maior número de pessoas e hoje, lamentavelmente, isso não foi possível", escreveu a cantora ao publicar uma imagem em branco no Instagram.



"Fomos interrompidos e estou profundamente triste por ter presenciado tamanha agressividade ao próximo, mas certa de que optamos pela melhor opção, pois minha prioridade sempre será o bem-estar de todos", completou.

O bloco da cantora seguia pela Avenida Primeiro de Março quando, após três horas de desfile, quando uma briga generalizada no meio do público interrompeu o evento.

Policiais militares jogaram bombas de gás lacrimogêneo para dispersar o tumulto. Um homem que estava ferido foi imobilizado pelos policiais e retirado do local algemado.



"Espero que o total do amor que gostaria de ter doado hoje cantando seja transmitido nessa mensagem. Mais amor! Mais paz! Fiquem bem e contem comigo. Amo vocês!", finalizou Ludmilla em sua mensagem para os fãs.

Após o tumulto, a Polícia Militar decidiu reforçar o policiamento hoje no período da tarde na Banda de Ipanema, que se concentra na Praça General Osório e Orquestra Voadora, no Aterro do Flamengo. 

Mais de 200 pessoas em postos médicos


No fim da tarde desta terça, a Riotur divulgou nota sobre o ocorrido no Fervo da Lud. Segundo o órgão, 217 foliões que estavam no bloco foram atendidos em postos médicos da região, e 29 foram transferidos para hospitais. A Riotur destacou que o centro da cidade é uma das poucas regiões que poderia receber um público de 1,2 milhão de pessoas.
Leia na íntegra: 

"1) Ao tomar conhecimento do ocorrido, o presidente da Riotur, Marcelo Alves, ligou para o governador Wilson Witzel e solicitou reforço de policiamento para os desfiles programados para o dia hoje e para os próximos dias;

2) O governador informou que vai tomar as providências necessárias para garantir a segurança dos foliões que escolheram o Rio para passar o carnaval;



3) Sobre os atendimentos de hoje, os postos médicos montados pela Prefeitura do Rio na Carioca e na Rua Ana Amélia, no Centro, atenderam 217 foliões que estavam no bloco Fervo da Lud. Desses, 29 foram transferidos para hospitais da rede, mas não necessariamente por gravidade dos quadros. Como o volume de pacientes chegando era muito grande, os coordenadores optaram pelas remoções para liberar leitos nos postos para receber outros pacientes. Além desses, 12 pessoas procuraram diretamente o Hospital Municipal Souza Aguiar. A maioria dos pacientes apresentava cortes ou traumas diversos, intoxicação por álcool/drogas ou gás. Nos postos de Ipanema e Copacabana foram 19 atendimentos até 16h, sem remoções;

4) Marcelo Alves reafirma que justamente por conta das alterações de regras definidas pela Riotur para os desfiles os cerca de 500 blocos e bandas previstos para 2019 evitaram consequências mais sérias;

5) Em 16 reuniões realizadas entre 2018/19, das quais participaram produtores culturais, agentes de segurança do estado e do município, representantes do MPE-RJ, profissionais de saúde, diretoria do Metro, CET Rio, IPHAN, entre outros levaram a alterações importantes, dentre elas podemos destacar:
- O local de desfile dos megablocos (acima de público esperado de 250 mil pessoas) passou a ser o centro da cidade;
- Maior rigor na exigência da documentação exigida pelos Bombeiros e demais órgãos de segurança;
- Inscrição on line dos produtores interessados em realizar desfiles nas ruas do Rio;
- É importante esclarecer que os certificados em questão são exigências legais dos Bombeiros e da PM; - À Riotur, cabe apenas exigir que tais documentos sejam apresentados no ato de pedido de aprovação do desfile  do bloco/banda;
- Outro ponto: o "nada opor" sempre foi exigido; o que a Riotur fez foi dar mais clareza na Portaria dos Blocos/2019 à documentação exigida por esses órgãos e que são pré-condição para o OK da Riotur. Os dados podem ser encontrados no site https://www.rio.rj.gov.br/riotur/ ;

6) Atendendo a esses critérios de segurança, foram transferidos de lugar desfiles de agremiações de bairros como Copacabana, Aterro do Flamengo (blocos concetrados);
7) Mesmo diante dessas regras, alguns produtores pediram a permanência dos desfiles em áreas residências, mas não foram atendidos;

8) A decisão do grupo de trabalho de transferir os megablocos foi aprovada em votação pela maioria dos integrantes do grupo de trabalho para o Centro da cidade e atendeu aos seguintes parâmetros:
- Delimitação do percurso dos desfiles à Avenida Presidente Antônio Carlos, preservando a Rua Primeiro de Março, mais estreita e com vários prédios históricos;
- A área tem baixo índice de imóveis destinados à moradia, o que facilita a existência de rotas de escape e de planejamento de logística de chegada de saída de público, em especial no modal Metro;
- As ambulâncias têm maior mobilidade de chegada e saída e também mais opções de unidades médicas;
- Foram montados dois centros médicos especialmente para atender a possíveis pacientes;
- Atendo a pedido do IPHAN, todos os monumentos da área foram cercados e protegidos;

O Centro do Rio é uma das poucas regiões da cidade que reúne as condições necessárias para receber um público estimado em 1,2 milhão de pessoas;

9) E destacamos que justamente o planejamento estratégico e compartilhado para o desfile dos megablocos que permitiu a mitigação dos efeitos nocivos de distúrbio em uma aglomeração de tamanha magnitude;

10) Para se ter uma ideia esse público supera a população de Campinas (SP), que tem 1,18 milhão de moradores e é a 14ª cidade mais populosa dentre os mais de 5570 municípios do Brasil;

11) Como parte do planejamento, a Guarda Municipal da Prefeitura tem 5493 agentes envolvidos no apoio à segurança e no ordenamento público dos desfiles de blocos e bandas;

Encerramos informando que na semana que vem a Riotur já vai iniciar o ciclo de planejamento estratégico para aprofundar o debate com todos os seguimentos interessados nos desfiles de blocos e bandas para carnaval 2020.
E reafirmamos que os pilares segurança-financiamento-democracia continuarão a ser os drivers desta gestão."
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