Uai Entretenimento

Carnaval sem banheiro na Savassi: foliões e moradores reclamam da estrutura dos blocos


A Região Centro-Sul de Belo Horizonte ficou lotada na tarde deste domingo. O encontro de três blocos a partir das 11h da manhã agitou os foliões, principalmente nas regiões da Savassi e Funcionários. Por volta das 16h, a festa ainda era grande e apenas um fator em comum ligava os três blocos: a reclamação em massa sobre a falta de banheiros públicos. 

Filhos da PUC, Batuque Coletivo e É o Amô se reuniram na Avenida Getúlio Vargas, sendo que o primeiro entrou pelas ruas internas do Funcionários, o segundo desceu a Avenida Afonso Pena e o terceiro fixou ponto entre as duas esquinas. O "congestionamento" causado pelo encontro criou um mix de estilos musicais, que foram do axé, funk e sertanejo a outros hits do momento. Até aí, nenhum problema para os foliões, que procuravam se hidratar com muita água e cerveja. E aí nasceu a questão: onde estão os banheiros?

"Em comparação com outros blocos que fui, vi pouquíssimos (banheiros). Eles até que estão bem espalhados, mas são poucos e com filas enormes", relatou o estudante de comunicação Rodrigo Moura, que chegou cedo para acompanhar o Filhos da PUC. Ele mostrou-se pouco animado em acompanhar o trajeto do carro de som, principalmente pelo grande número de foliões que estavam concentrados na avenida.

A questão envolvendo os banheiros públicos tem sido motivo de reclamação não só dos foliões, mas também dos moradores da região e donos de estabelecimento, que têm de lidar com aqueles que urinam nos muros e no chão. Vários condomínios alugaram cercas de proteção para os jardins e as portarias, além de contratar seguranças particulares.

Trânsito complicado


Outro problema que ocorreu na região da Savassi é o congestionamento.
Com muitas vias interditadas para a festa, algumas pessoas têm optado pelos ônibus especiais do carnaval, que apesar de chegarem lotados, ainda é uma opção melhor que táxi. "Informaram que o ônibus seguiria pela Avenida do Contorno até a Savassi. Foi bem tranquilo até, mas o pessoal lá dentro estava meio alterado", conta Kênia Carvalho, 40 anos.

As irmãs Letícia e Laura Nogueira tentaram pegar o ônibus especial, mas ao perguntar para o motorista a rota mudaram de ideia e desceram. "Esse não vai na Contorno com a Amazonas, vira na Olegário Maciel. Fica muito longe pra gente. Acho que podiam ter mais opções e definir melhor os horários", diz Letícia.

Colaboraram: Paulo Pianetti, Guilherme Paranaíba e Marcelo da Fonseca.