Problema na montagem impede uso de banheiros químicos em bloco de carnaval

Os banheiros foram dispostos na praça com a porta virada para o lado errado, dando uma brecha de apenas cinco centímetros entre sanitários

por Larissa Ricci Lucas Soares* 09/02/2018 20:03
Uma das recomendações do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para o carnaval de 2018 – tanto para a capital, quanto para o interior – era a de que deveriam ser disponibilizados banheiros públicos suficientes e em condições adequadas aos foliões da festa do Momo. No entanto, não é isso que os seguidores do bloco Tchanzinho Zona Norte, que desfilou nesta sexta-feira, na Região da Pampulha de BH, puderam perceber.

Isso porque dezenas de banheiros químicos espalhados na Praça Albert Sabin, na esquina com a Avenida Sebastião de Brito - que recebe o bloco, não dão possibilidade para que os foliões possam acessar os sanitários. Os banheiros foram dispostos na praça com a porta virada para o lado errado, dando uma brecha de apenas cinco centímetros entre um sanitário e outro. A denúncia bem-humorada em vídeo foi feita pela estudante Julia Gonçalves Correa, de 23 anos, que testou alguns dos banheiros químicos - ou ao menos tentou.

Outra foliã que se revoltou com a situação foi a jovem Milena Rodrigues, de 22 anos: “É um absurdo. Eu cheguei apertada para usar o banheiro e não consegui. Encontrei apenas um virado. Mas, nem papel tinha”, reclamou. Ela acredita que não foi uma falha, mas, sim, proposital: “Acho que fizeram isso para não usarmos. Assim, eles vão entregar o banheiro limpo e não vão pagar por isso”. A estudante Carolina Canabrava, de 22, também reclamou: “O único que consegui acessar foi um masculino, que eu mesma desvirei. Prefeitura, por favor, vamos fazer um carnaval digno”.

A Belotur, procurada pela reportagem, ainda não havia se pronunciado no momento da publicação deste texto.

(* Sob supervisão do subeditor Fred Bottrel)

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