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Carnaval 2018

Blocos levam ritmos brasileiros e desfile sobre rodas para o carnaval de BH

Ambulantes aproveitaram para vender artigos carnavalescos - Foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press

Foliões se aglomeraram na Avenida Afonso Pena, no início da noite desta quinta-feira, para a saída do Ubloco, que começou às 19h, partindo da frente do Palácio das Artes até a Praça Sete. No começo, a presença de público foi tímida, e o número de pessoas presentes na festa foi menor que a expectativa - menos de 5 mil participantes, bem abaixo dos 60 mil no Chame o Síndico, nesta quarta-feira -, mas, mesmo assim, com muita energia e alegria. É o festejo de um grupo que está apenas em seu segundo desfile, mas que tem a intenção de fazer parte do carnaval de BH. A animação tomou conta.

A alegria começa a tomar conta da avenida - Foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press
Cores vivas invadem as fantasias e o desfile - Foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press
Em 2017, o Ubloco arrastou 7 mil pessoas. O bloco surgiu da amizade de 20 anos entre os músicos Leandro Nassif e Rafael Leite. "Decidimos fazer esse projeto no carnaval de BH, pois é uma festa que cresceu em público e qualidade", disse Leandro. Rafael, mestre da bateria, garantiu uma noite de música boa.
"Ao tocar ritmos brasileiros, do carnaval da Bahia e de Recife, buscamos valorizar a cultura carnavalesca brasileira. Apresentamos um repertório variado para agitar essa festa".

Bloco da Bicicletinha está no quinto ano de participação no carnaval de BH - Foto: Marcos Vieira//EM/D.A Press
Em campanha conjunta com um motel local, uma iniciativa do Ubloco disponibilizou adesivos alertando para os perigos do assédio sexual e também com ideias para facilitar as relações entre as pessoas. A promotora de eventos Rafaella Macharth disse que a distribuição dos adesivos é uma parceria com o bloco, mas a proposta é boa e pode facilitar as "pegações".

Campanha distribui adesivos sobre assédio sexual no Ubloco - Foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A PressEntre os foliões, estava Raquel Moçambique, de 45 anos, rainha do antigo carnaval da capital, em 2005, 2006 e 2007. "É meu primeiro ano no carnaval de blocos de BH. Eu sempre viajava, mas fui fisgada pela folia belo-horizontina e nesta quinta estou no meu primeiro desfile.
Irei em todos nos próximos dias", disse, ao lado das amigas Priscila Muniz, de 33 anos, e Marilac Almeida, de 49.

Sobre rodas

Um pouco mais tarde, por volta das 20h, se concentrou o Bloco da Bicicletinha, no cruzamento entre a Rua Sergipe e a Avenida Brasil, próximo à Praça da Liberdade. É o quinto ano de participação do bloco na folia de BH. São pessoas que sempre se reúnem durante o ano em manifestações sociais sobre rodas, mas que nesta quinta-feira à noite só pensavam em se divertir.


André Toledo, um dos organizadores, esperava para 2018 cerca de 1,7 mil participantes. Ocupando bikes, triciclos de proporções humanas, patins e skates, o grupo saiu por volta das 22h em passeio pela área central da cidade, entrando pela Avenida dos Andradas, em direção ao Vera Cruz, onde encerra o passeio.


Ao som mecânico de equipamentos de som portáteis, instalados em quadriciclos, o público seguiu o cortejo. No trajeto, aconteceram três shows e o desfile prometia entrar pela madrugada.
Um dos temas mais fortes que deram forma às fantasias é a defesa da diversidade sexual e social. Em um carnaval sem restrições, com repertório eclético, e direito a sertanejo, o que não pode mesmo é veiculo que não seja de proporção humana.
Junto das inseparáveis magrelas, teve animação para todo mundo - Foto: Marcos Vieira//EM/D.A Press.