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Diamantina anuncia volta de Bat Caverna e Bartucada no carnaval 2018

Com repertório de rock em ritmo de bateria de escola de samba, o Ziriggydum Sapucaí empolgou os participantes no ensaio de ontem no Bairro Floresta - Foto: Edésio Ferreira/EM/DA Press

O carnaval de 2018 em Minas promete ser um dos mais animados dos últimos anos. Enquanto em Belo Horizonte os “esquentas” já tomaram as ruas e a Belotur espera mais de 3,5 milhões de foliões na festa oficial, as cidades do interior não ficam para trás e até sacodem a poeira de problemas vividos no ano passado. Diamantina anuncia que vai antecipar a abertura de sua festa carnavalesca com a apresentação, na quinta-feira, dia 8 de fevereiro, da tradicional banda Bat Caverna, que retorna às ruas da cidade monumento. O Bartucada também está de volta à cidade. Ambos ficaram fora da programação do ano passado depois de desentendimentos com a administração municipal sobre cachê.

“Pretendemos fazer um show antológico, em um retorno triunfal”, anuncia o produtor da Bat Caverna, Rogério Vieira Farnezi. A banda tem 40 integrantes, tendo como base de harmonia a guitarra, contrabaixo, metais e bateria americana associados a instrumentos de percussão característicos de escola de samba. Com mais de 30 anos de tradição, a Bat Caverna junto com a também conhecida Bartucada ficou de fora do carnaval de 2017, tendo se apresentado na Bahia e outras cidades de Minas. “Voltamos à parceria com a prefeitura, com força total”.
A banda abre a folia na Rua da Quitanda, no Centro histórico da cidade. Na programação, também ganha cada vez mais destaque o carnaval de rua, com os foliões aderindo ao Circuito de Blocos. Animados pelas charangas, os blocos vão desfilar pelas ladeiras de Diamantina. Alguns já fazem parte da história do município, como o Sapo Seco, Zé do Caixão e Balão Mágico. Outros estão começando agora. Mais de 30 se cadastraram.

Sabará também aposta na tradição dos desfiles de escolas de samba e blocos caricatos para atrair os foliões. “A proposta é realizar uma festa que preserve as manifestações culturais e proporcione a todos segurança e um belíssimo carnaval na nossa cidade”, disse o prefeito Wander Borges.
Toda a estrutura da festa vem sendo definida em conjunto com as agremiações carnavalescas. Os blocos caricatos são grandes atrações da folia sabarense. O tradicional Paraíso dos Moralistas, com mais de meio século de existência abre os desfiles de domingo e terça pelas ladeiras do Centro Histórico. A estimativa de público durante os dias de folia é de aproximadamente 30 mil pessoas.

A Liga dos Blocos de Carnaval de Ouro Preto já divulgou a programação de seu carnaval, embora a prefeitura ainda não tenha fechado a festa oficial. Criada em 2005, pela união dos Blocos do Caixão, Cabrobró, da Praia e Chapado, a liga vem promovendo o carnaval no Espaço Folia, com arquibancadas e cobrança de ingressos.

Apesar de enfrentar dificuldades desde o rompimento da Barragem do Fundão, em novembro de 2015, Mariana não se rendeu à crise. “Todos sabem que o carnaval é um dos eventos que mais fomenta a economia local, e, por isso, cancelar não seria a melhor opção”, ponderou o prefeito Duarte Júnior. Mais de 100 máscaras de quase um metro de altura serão distribuídas pelo Centro da cidade para dar charme ao evento e, principalmente, valorizar o trabalho dos artesãos locais. Ao som das tradicionais marchinhas, do samba de raiz, além de cortejos de blocos tradicionais como o Zé Pereira da Chácara, Mariana manterá a sua tradição de promover uma festa para a família com atrações para todos os gostos e idades.

Thiago e Mariana curtiram juntos a manhã de carnaval antecipado - Foto: Edésio Ferreira/EM/DA Press

CAPITAL
 Sol forte, calor intenso e o blocos de carnaval atraíram ontem centenas de pessoas para ruas e praças em Belo Horizonte.
Nem a criançada escapou. Na Savassi, o bloco Charanga das Padês, formado por uma bateria de 47 mulheres, único da capital dedicado aos baixinhos, fez seu ensaio pré-carnavalesco recheado de músicas infantis intercaladas com marchinhas de carnaval, samba, axé entre outros repertórios. É o quarto carnaval do grupo, que começou por meio de redes sociais, onde se reuniam em torno de 4 mil mães. “Tivemos a ideia de criar um bloco carnavalesco e convocamos todas elas, apenas 15 se dispuseram a sair no primeiro ano, agora já somos 47”, conta Ana Andrade, uma das fundadoras.

A bateria é formada por advogadas, médicas, engenheiras, donas de casa e os ensaios começam em julho. Aos domingos pela manhã a Praça Diogo de Vasconcelos (Savassi) é fechada ao tráfego e a criançada fica solta e se diverte. Para este ano, a expectativa é de que o bloco atraia “10 mil participantes no pré-carnaval do dia 4. Reunimos em torno de 500 participantes por ensaio. Este ano, a homenageada será Clara Nunes. “Sempre homenageamos mulheres empoderadas”. Nos anos anteriores foram Frida Kalo e Carmen Miranda.

Na Rua Sapucaí, o samba-rock tomou conta da moçada.
O bloco Ziriggydum Sapucaí, com repertório de rock  em ritmo de bateria de escola de samba, empolgou os participantes. O casal formado pelo microempreendedor Thiago Henrique Silva e a estudante de letras Marina Medrado encontrou um motivo a mais para sair este ano. Thiago, que já participou do bloco no ano passado, trouxe a namorada, que toca tamborim no bloco “Vou ali e volto”, do Padre Eustáquio, para curtir o samba-rock. Fiel ao seu bloco de origem, Marina disse estar encantada com “a moçada e a bateria”. Segundo Mônica de Paula, jornalista e produtora de imagens, uma das fundadoras do bloco, que sai desde 2016, a bateria é formada por 70 integrantes. O bloco nasceu em homenagem David Bowie, que morreu naquele ano, e depois foram incorporados outras homenagens póstumas a roqueiros famosos. O bloco sai pelas ruas do Bairro Floresta.



Credenciamento de ambulantes 


Os ambulantes que trabalharão no carnaval da capital recebem da Belotur suas credenciais, hoje e amanhã, no Largo da Saideira, e, ao mesmo tempo, orientações sobre trabalho infantil na folia. Agentes dos conselhos tutelares estarão presente para orientar os vendedores sobre como lidar com crianças e adolescentes durante o trabalho nas ruas, no período de carnaval. As informações repassadas aos ambulantes serão relativas à exploração e abuso sexual de menores, trabalho infantil, venda e consumo de bebidas alcoólicas por crianças, adolescentes e jovens. Denúncias de violações de direitos podem ser feitas para a Guarda Municipal ou no Disque 100..