Confira a programação oficial de blocos de rua da Belotur
O pré-carnaval – aberto pelos blocos que saíram no fim de semana e que continuou animado ontem, com cerca de 10 mil pessoas distribuídas em dois grupos – já deu indícios de uma festa cujas dimensões nunca foram vistas na capital mineira. Na noite de ontem, no Bairro Santa Efigênia, Centro-Sul de BH, o primeiro quarteirão da Avenida Brasil recebeu mais de 5 mil foliões para dançar ao som do bloco Moreré. Já na Praça da Liberdade, o grupo Baianas Ozadas animou outras 5 mil pessoas, em pouco mais de uma hora de show. Ao final, houve uma lavagem simbólica da escadaria do Memorial Minas Gerais Vale, com bolinhas de sabão, já que, em tempo de racionamento, cada gota de água conta.
Depois do esquenta, na segunda-feira o Baianas espera pelo menos manter os 30 mil foliões que acompanharam o grupo no ano passado, mas não será surpresa se esse número dobrar. Um ritmo que já foi experimentado na bateria, cuja quantidade de integrantes cresceu 100%, passando de 150 para 300 em um ano. “A cidade está aprendendo a lidar com o carnaval. Sabemos que haverá um aumento de público, mas a dimensão será uma surpresa”, diz Geo Cardoso, idealizador e vocalista do grupo.
Entre os blocos, o que começou como um movimento de reivindicação para ocupar o espaço público se institucionalizou na cidade. “Até o ano passado era um grupo de amigos. Não temos profissionais em produção. Eu mesmo sou músico”, disse Rodrigo Magalhães, um dos idealizadores do Juventude Bronzeada. No ano passado, o bloco animou 500 foliões, mas este ano já surpreendeu. Em um dos ensaios abertos, na Praça Floriano Peixoto, Bairro Santa Efigênia, o público bateu a marca de 5 mil pessoas. Durante o carnaval, o grupo deve tirar do chão cerca de 15 mil foliões. Seu time de percussão já experimentou o milagre da multiplicação das baquetas: de 50, saltou para 250 integrantes.
Diante de tanta expectativa, muitos blocos mudaram de patamar. Com tanta gente na rua, para que todos possam ouvir as músicas e os recados dos organizadores – inclusive em relação à segurança –, o jeito é investir na estrutura de som, como fez o Pena de Pavão de Krishna, que terá um minitrio no domingo de manhã. “Saíamos com uma caixa de som em cima de uma bicicleta. Este ano, teremos um sistema mais potente”, afirma uma das idealizadoras do Pena de Pavão, Flora Rajão.
A tendência de crescimento de público é tamanha que muitos blocos optaram por não divulgar local nem horário em que vão sair. Outros só devem liberar essas informações na véspera do desfile.
O foco será em crimes como furtos e roubos, corriqueiros em aglomerações. “No ano passado, tivemos um carnaval relativamente tranquilo, mas sabemos que sempre haverá um crime ou outro. Estaremos presentes, acompanhando todos os eventos, usando viaturas com giroflex ligado. Em áreas com grande aglomeração, como a Região Central e o Bairro Santa Tereza, os policiais vão usar capacetes brancos, justamente para aumentar a visibilidade”, afirmou o coronel Cícero Leonardo da Cunha, comandante da 1ª Região de Polícia Militar.
Veja os mapas com informações dos blocos:
SEXTA-FEIRA
SÁBADO
DOMINGO
SEGUNDA-FEIRA
TERÇA-FEIRA