A quarentona Banda Mole abriu o carnaval de Belo Horizonte como manda a tradição e não se deixou abalar pelo tempo frio e a chuva da tarde de ontem. Com sua irreverência típica e completando 40 anos de história na capital, o desfile na Avenida Afonso Pena, no Centro, atraiu foliões fantasiados, idosos e crianças, misturando tradição e modernidade entre as suas atrações. Além do samba, a música eletrônica também esquentou a festa. No início da noite, cerca de 10 mil pessoas festejavam na avenida, público menor do que era esperado pela organizadores do evento.
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Banda Mole desfila com chuva na Avenida Afonso PenaBloco Santo Bando volta às ruas de BH depois de quatro anos sem desfilar Implementação de projeto de segurança atrasa a Banda Mole no Centro de BHBloco Mama na Vaca atrasa devido à chuva, mas arrasta cerca de mil foliões Desfiles de blocos foram marcados pela alegria e descontração em BHTrios elétricos animados por Orquestra Mineira de Brega, Anderson Noise e DJs convidados também deram ritmo à festa. “Pode ter o que for, mas a Banda Mole é tradição e, desde sempre, participo. É tudo muito bom e organizado”, garantiu Luiz Otávio, que ontem se vestiu de “Globeleza”.
INTERDIÇÃO Sem tanta gente como nos outros anos, o desfile da Banda Mole só começou por volta das 15h. O atraso ocorreu porque, pela manhã, o Corpo de Bombeiros interditou o evento, alegando falta de itens de segurança, como ambulâncias, extintores, placas de sinalização de emergência e brigadistas. “Com a quantidade de blocos hoje (ontem), a empresa que faria a entrega desses itens atrasou”, justificou Kuru Lima, organizador da Banda Mole. A interdição durou algumas horas. “É um evento relativamente difícil para se fazer, porque tem que ser montado de madrugada e durante o dia, ainda com a Afonso Pena aberta para o trânsito”, comentou Kuru.
Até as 18h, a Polícia Militar não havia registrado ocorrências no evento. Para a cobertura do evento foram mobilizados 120 militares do Batalhão de Choque e 150 do 1º Batalhão da Polícia Militar. De acordo com o major Eugênio Valadares, subcomandante do 1º Batalhão, a festa de ontem contou com policiais à paisana. “Foi feito um estudo sobre os anos anteriores e mapeamos onde há mais ocorrência e em quais os pontos elas ocorrem. O maior número de registros é de furto de celular e, hoje (ontem), estamos atentos a tudo isso.”