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O público, diferentemente daquele que foi conferir os blocos, estava menos a caráter. Aqui e ali algumas (poucas) fantasias se destacavam. O casal Ana Carolina Saturnino e Reinaldo Martins não tinha como passar despercebido. Ele de surfista, com uma prancha, ela de havaiana. “Já morei no Rio, então surfo desde os 13 anos”, contou Martins, que mesmo a centenas de quilômetros do mar não abriu mão da caracterização. “Como não bebo, ajuda a carregar a prancha.” Descendo a praça para chegar até o show também havia um grupo de Mulheres Maravilha, a família Teixeira de Salles: pai (João Cláudio), mãe (Paloma) e duas filhas (Luísa e Joana), todos em fantasias customizadas em casa.
Se na manhã o Bloco do Peixoto tomou conta da região do Colégio Arnaldo, à tarde Santa Tereza viu passarem alguns blocos. Entre eles, o estreante Maria Baderna. Criado em Contagem, saiu por lá de sábado a segunda. Cinquenta integrantes movimentaram a região da Praça Duque de Caxias, já lotada no meio da tarde. Ainda que pouco conhecidos, logo conseguiram levantar o público cantando: “Cheguei! Sou Maria Baderna”. O nome faz referência à bailarina italiana que causou furor no Brasil no século 19.
“Estamos retomando o movimento cultural em Contagem e queremos mostrar que não há limites entre a cidade e BH”, disse uma das integrantes, Cristina Braga. No repertório, marchinhas próprias (algumas censuradas no recente concurso promovido pela Fundação Municipal de Cultura de Contagem), ijexás e maracatus. Paramentado, o Fusca “Matulão”, homenagem a Luiz Gonzaga, abria o desfile.
Acompanhando o grupo havia de tudo. Famílias, como a de Ana Pessoa, que saiu do Rio de Janeiro para trazer o filho João Max – de 2 anos e cinco meses –, ou o quarteto Malu Avelar, Paola Bebiano, Natália e Sarah Rodriguez. Empunhando cartazes – o mais leve deles pedia “Homem Padrão Fifa” – deram o que falar no público, principalmente o masculino. “A gente está a fim de curtir e acha que os homens têm que respeitar as mulheres.”
PROGRAME-SE
Nesta quarta-feira - 9h
SAIDERA: Praça Duque de Caxias, Santa Tereza
Vera Crespo, de 64 anos,
Educadora ambiental
A máscara e o vestido rosa choque fizeram a fã do Clube da Esquina Vera Crespo, de 64 anos, reluzir em meio ao bloco que homenageou o movimento musical no Bairro Santa Tereza. Com um disco de vinil pendurado no pescoço, a educadora ambiental dançava ao som de Bola de Meia, Bola de Gude, de Milton Nascimento e Fernando Brant. Enquanto isso, lembrava seus encontros com alguns artistas do movimento, como Tavito, seu amigo até hoje. “Acompanho desde o começo. Não perdeu o sentido, ainda é música de primeira qualidade”.