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Ao som de Araketu e Daniela Mercury, ‘Maria Antonieta’, que não quis revelar sua verdadeira identidade — ‘não posso, porque senão os franceses vêm atrás de mim. Me chame apenas de ‘Roberto de Versalhes’ — estava acompanhada de seus seguidores e de figuras como Carlota Joaquina. Com figurino superluxuoso, disse que ia à padaria comprar brioches e atirar nas pessoas. “Se bem que brasileiro aceita qualquer coisa, então acho que vou comprar é pão mesmo ou arroz e feijão”, desdenhou, bem humorada.
Na Praça da Liberdade, depois da passagem do Baianas Ozadas, o maracatu do Trovão de Minas deu o tom, atraindo gente de todas as gerações, como Silvério Godoi, de 36 anos, e o filho, Gabriel Godoi, de 2 anos. Fantasiados de palhaço, os olhos do menino brilhavam. “Eu quero ir atrás do bloco, papai”, pedia o garoto. Silvério conta que eles rodaram por várias regiões: “Fomos ao Santo Agostinho, Santa Tereza... O bacana é que a cidade está toda tomada”.
Na Avenida Getúlio Vargas, um dos mais entusiastas era o biólogo Tiago Pezzuti, de 30 anos, fantasiado como o ex-líder do Queen, o roqueiro Freddie Mercury. O folião exaltava a diversidade das agremiações. “O carnaval está tão bom que eu até ressuscitei. Finalmente, acho que temos uma folia de verdade”, frisou.