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Milhares de pessoas invadem a Praça da Savassi no segundo dia de carnaval de BHCrianças animam carnaval nas ruas do Bairro Cidade NovaCarnaval das cidades históricas de Minas recebe turistas de outros estados e paísesSapo Seco sai pelas ruas de Diamantina levando a multidãoBlocos de BH e Rio espalham simpatia pelas ruas de Mariana e Ouro PretoTambor Mineiro arrasta folião no Prado com samba e MPB Praça da Savassi recebe um dos maiores públicos da folia em Belo HorizonteA designer Adê Scalco, de 37 anos, demorou a chegar ao Jardim América, onde iria acompanhar o Pena de Pavão de Krishna, ao ter dificuldade para localizar o ponto de concentração, mas não se arrependeu. “O bloco é maravilhoso. Tudo muito colorido, com as cores verde, magenta e azul-anil. Além disso, as músicas são afoxé, tropicália e Hari Krishna”, disse. De acordo com ela, quando saiu da Praça Apa, a multidão se dirigiu para a comunidade da Ventosa, onde foi muito bem recebida pelos moradores. “As pessoas ajudaram e interagiram com os foliões. Todo mundo entrou no clima, e o desfile terminou na quadra da escola da comunidade.”
PELA MANHÃ No Só Frituras, Ronaldo Rogério, de 52, segundo ele mesmo, “corpinho de 18”, saiu da Região da Pampulha em busca da folia e acabou parando na Avenida Prudente de Morais, na Região Centro-Sul, para entrar no clima carnavaleco com a família. “Tentei primeiro um bloco no Bairro Caiçara, mas o movimento ainda não tinha começado”, conta. Apesar da presença de cerca de 100 pessoas, havia animação. O engenheiro Rogério Oliveira, de 57, fundador do bloco, e seu amigo, o consultor César Leandro Soares de Castro, acordaram às 4h de ontem para começar a fritar torresmo, asinha e coxinha de frango. “No sábado trabalhamos o dia inteiro cozinhando tudo. Queremos combater essa frescura de as pessoas comerem só alface”, brincou Oliveira.
No Samba, mas com Beatles
O Bloco do Sargento Pimenta foi a principal atração do carnaval 2014 do Brasil S/A, no Trevo Seis Pistas, que atraiu milhares de foliões de BH, região e até de outros estados na noite de sábado. A folia só terminou perto das 3h de ontem. Os ingressos se esgotaram. O show, com samba de raiz, Beatles e outros ritmos, garantiu 100% de animação. Muita gente passou por lá fantasiada. Ruim apenas foi a burocracia na chegada: quem comprou entrada pela internet enfrentou duas filas. A primeira para resgatar o bilhete, e outra para entrar.
Banca móvel lucrando com a meninada
O Parque Marcos Mazzoni, no Bairro Cidade Nova, além de abrigar o Bloquim Dubem, contou com uma lojinha ao ar livre que vendia fantasias de super-heróis, confete, serpentina, trombones de plástico, aventais, tiaras, coroas de princesa e roupas infantis de Pierrô e Colombina. Até as 11h, haviam sido vendidos R$ 480.
Água vendida até pelo dobro
Se a turma da cerveja reclamou dos preços dos ambulantes (em torno de R$ 5), quem bebia água achou valores variados. O produto chegava a custar o dobro, dependendo da região. No Concórdia, a garrafa de 500ml saía a R$ 2. Na Rua Guaicurus, a R$ 3. No Jardim América, a R$ 4.
Temporal gera dispersão em Santa Tereza
A chuva em Santa Tereza fez muito folião correr em busca de abrigo e desistir da festa no fim da tarde de ontem. Concentrações tradicionais, como o Bloco da Esquina, perderam força. A combinação temporal, multidão e ruas estreitas desaguou em engarrafamentos.
EU, FOLIÃO
O casal de aposentados Antônio Nunes, 75 anos, e Selma Lígia Leite, de 77, caiu na folia no bloco Só Frituras, na Avenida Prudente de Morais. Carnavalescos de carteirinha, os dois já foram porta-bandeira e mestre-sala da festa de Momo organizada pelo Serviço Social do Comércio (Sesc). “O carnaval lá acabou, mas nós continuamos a nos fantasiar e a sair para desfilar”, contou Nunes. Ontem, ao ouvir o batuque na rua, Selma desceu para checar se realmente haveria um bloco carnavalesco na vizinhança. Confirmada a notícia, voltou depressa para casa e, junto com o marido, fantasiaram-se. Os dois saíram vestidos de palhaços. “Fiquei muito feliz. Pena que a maquiagem ficou a desejar”, disse Selma.