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“Acho que o carnaval de BH é um movimento político porque é a população que faz”, disse a psicóloga Ana Luiza Kohler, de 31 anos. Ela e nove amigas estão tão envolvidas na brincadeira que planejaram as fantasias. Um dia se vestem tais como os personagens do filme O mágico de Oz, noutro será a vez da turma da Caverna do Dragão. “Há três anos eu curto o carnaval e acho que este ano vai dar bafão. Vai ser muita gente, mas vai ser bom”, completou a dentista Silvia Maia, fantasiada de Cruela.
A baixista Larissa Agostini surpreende-se com a adesão do público ao Mama na Vaca. Como conta, foi um bloco que surgiu de maneira totalmente informal, formado por uns cinco gatos pingados e que agora reúne centenas de foliões. “A galera aqui só tem o compromisso com a alegria”, afirmou.
“Em Belo Horizonte tem a tradição desse carnaval com marchinha. Acho que com isso trouxe de volta a brincadeira em família. Montar o bloco foi uma forma de resgatar isso”, comentou a psicóloga Kátia Dias. Este ano pelo menos 30 integrantes da família dela, vizinhos e amigos montaram o Bloco 168, com direito a camisa. A irmã de Eli, a nutricionista Elizabeth Souza, veio da Paraíba, especialmente para a ocasião. “É o carnaval da união, da amizade”, afirmou.
AMBULANTES Se é nítido o quanto o público tem apostado na recuperação da tradição carnavalesca de Belo Horizonte, o comércio ambulante segue o mesmo caminho. O vendedor José da Costa, o Zezé, enfeitou o carrinho, fez brincadeira e até arriscou uma explicação para a retomada. “É o clima da Copa do Mundo que está contaminando todo mundo e fazendo a prefeitura investir”, especulou.
Mesmo que ainda não seja a estrutura definitiva, os blocos pré-carnavalescos deram uma mostra de que há um suporte. Pelo menos nos locais sinalizados pela Belotur, banheiros químicos estavam disponíveis para a população, ruas interditadas para a segurança e também policiamento nos locais. O trânsito será um problema, principalmente em áreas de difícil circulação, como é o caso do Santo Antônio.
Quem não gostou da intervenção pública foi o ambulante Vitor Alves Coimbra. Ele, que todo ano monta uma banca em sociedade com o pai, investiu R$ 3 mil na compra de espumas, perucas coloridas e demais adereços. “O carnaval é sempre igual, os blocos também, mas tomara que a diversão seja melhor”, desejou o vendedor. De acordo com a Belotur, serão investidos cerca de R$ 5 milhões na realização do Carnaval de Belo Horizonte.
PROGRAMAÇÃO DE DOMINGO
» 8h
Bloco das Deslumbradas (concentração: Av. Otacílio Negrão de Lima, 4.288, Pampulha)
» 9h
Padecendo na Folia – bloco de rua infantil (Praça da Savassi)
» 10h
Pão Molhado (Concentração: Rua Valência, 167, B. Padre Eustáquio)
Me Beija que Eu Sou Pagodeiro (Concentração: R. Almirante Tamandaré, esquina com R. Almirante Alexandrino, Gutierrez)
» 11h
Enche Meu Copo (Concentração: Praça Santa Rita, Bairro Esplanada)
As Virgens do Formigueiro Quente (Concentração: R. Izalina Faustina da Silveira, 180, Mantiqueira)
» 12h
Bundeirantes (Concentração: Praça JK, Mangabeiras)
Estabeleça (Concentração: R. Monte Alegre, 160, Serra)
Cai e Pira (Concentração: Praça José Americano, Caiçara)
» 14h
Bloco da Bateria Imperador (Concentração: R. Juiz de Fora, 114, Barro Preto)
» 15h
Bloco Rei (Concentração: Praça Cairo, Rua Mar de Espanha, Santo Antônio)