Recordes de pré-venda, prêmios e elogios: os Estados Unidos se renderam à jovem poeta negra Amanda Gorman desde sua comovente participação na cerimônia de posse do presidente americano, Joe Biden.
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Mas isso não os dissuadiu de recorrerem em massa para pré-encomendar os livros, a ponto de colocar a nova artista e ativista à frente de Barack Obama, cujo livro de memórias, Uma terra prometida, está no quinto lugar na lista dos mais vendidos.
O ex-presidente ficou impressionado com Gorman, que, com apenas 22 anos, recitou na quarta-feira com graça e uma confiança assombrosa um poema de sua autoria: The hill we climb (A colina que subimos).
OBAMA
Ela "ofereceu um poema que foi para além do momento. Jovens como ela são a prova de que 'sempre há luz, se formos suficientemente corajosos para vê-la; se formos suficientemente corajosos para sê-lo'", tuitou Obama, pegando carona em um par de versos que a jovem recitou na cerimônia.
A estrela de televisão Oprah Winfrey, a ex-candidata presidencial democrata Hillary Clinton e a ganhadora do Prêmio Nobel da Paz paquistanesa Malala Yousafzai, ativista em favor da educação, também elogiaram seu trabalho.
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Criolo inaugura as apresentações em realidade estendida no BrasilPandemia leva à segunda onda de cancelamentos no setor culturalFilme da Netflix conta história de engenheiro que construiu o próprio paísFenômeno da poesia na internet, Rupi Kaur lança "Meu corpo minha casa"Mesmo com a Lei Aldir Blanc, circos continuam vivendo na corda bambaAssim como o Brasil, Romênia inscreve documentário ao Oscar de Melhor FilmeMenina prodígio, ganhou seu primeiro prêmio de poesia aos 16 anos e foi considerada a "melhor poeta jovem" do país três anos depois, enquanto estudava sociologia na prestigiosa Universidade de Harvard.
Antes dela, outros cinco poetas, entre eles Robert Frost e Maya Angelou, foram convidados à cerimônia de posse dos presidentes dos Estados Unidos, mas nenhum deles era tão jovem.
Seu nome foi sugerido aos organizadores da cerimônia por Jill Biden, a primeira-dama, que tinha assistido a uma de suas leituras.
Em dezembro, então, pediram-lhe que escrevesse uma ode à "América unida", uma mensagem que o presidente democrata está empenhado em transmitir.
Ela havia escrito apenas metade do texto quando apoiadores de Donald Trump invadiram o Capitólio, em 6 de janeiro.
Horrorizada, escreveu de uma vez o final do poema. "Não somos uma nação partida; só uma nação inacabada."