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Estado de Minas VARIEDADES

Woody Allen lança seu livro de memórias de forma discreta

Recusada pela editora Hachette, obra saiu nesta segunda (23) pela Arcade Publishing. Cineasta fala de seu relacionamento com Mia Farrow, mas nega ter abusado da filha, Dylan


23/03/2020 13:20 - atualizado 23/03/2020 17:00
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Woody Allen lançou seu polêmico livro apenas nos EUA, por enquanto
Woody Allen lançou seu polêmico livro apenas nos EUA, por enquanto (foto: Ander Gillene/AFP)
Woody Allen conseguiu publicar o livro de memórias 'Apropos of nothing', que havia sido recusado pela Hachette, sua editora original, informa a Associated Press. O volume de 400 páginas foi lançado nesta segunda-feira (23), pela Arcade Publishing.


“O livro é um relato pessoal sincero e abrangente de Woody Allen sobre sua vida, desde sua infância no Brooklyn até sua aclamada carreira em cinema, teatro, televisão, comédia impressa e stand-up, além de explorar seus relacionamentos com a família e os amigos”, anunciou a Arcade.


O livro do cineasta chega no momento em que grande parte do mundo está preocupada com a pandemia de coronavírus. Arcade é uma marca da Skyhorse Publishing, cuja porta-voz afirmou que não há decisão sobre entrevistas do autor.
Os detalhes financeiros do acordo do diretor com a Arcade não foram divulgados, nem se o livro será lançado na Europa. Editores de vários países europeus manifestaram interesse na obra.


'Apropos of nothing' começa em tom irônico, descrevendo a educação de Allen e casos de amor dele, na cidade de Nova York, com Diane Keaton e outras mulheres. Traz o sentimento de nostalgia e angústia também presente nos filmes do diretor, como 'A era do rádio', A rosa púrpura do Cairo', 'Annie Hall' e 'Hannah e suas irmãs'. Porém, o livro muda de tom e se torna defensivo ao lembrar o relacionamento do cineasta com Mia Farrow e as alegações de que teria abusado da filha deles, Dylan Farrow, escândalo que, para muitos, veio definir sua imagem pública nos últimos anos.


Allen conta que se relacionou com Mia Farrow por mais de uma década. Relembra momentos felizes com a atriz 'muito, muito bonita', mas diz que o relacionamento se esfriou ao longo dos anos, especialmente após o nascimento, em 1987, de seu único filho biológico, Rona.


O diretor reafirma que ele e Mia Farrow estavam separados quando começou seu namoro com Soon-Yi Previn, filha da atriz e do maestro André Previn, 30 anos mais nova do que ele, no início da década de 1990. 'Nos estágios iniciais de nosso relacionamento, quando a luxúria reina suprema ... não podíamos tirar as mãos um do outro', escreve sobre Soon-Yi, com quem se casou em 1997 e a quem dedica o livro.


Ao se referir ao dia em que Mia Farrow soube do caso, depois de descobrir fotografias eróticas da filha de vinte e poucos anos no apartamento de Allen, o diretor escreve: 'É claro que entendo seu choque, sua consternação, sua raiva, tudo. Foi a reação correta.'


Allen sempre negou ter abusado sexualmente de Dylan. Tem dito que as acusações surgiram do que chama de 'busca semelhante a Ahab' de Farrow por vingança. 'Nunca coloquei um dedo em Dylan, nunca fiz nada com ela que pudesse ser mal interpretado como abuso. Foi uma fabricação total do começo ao fim”, alega.


Ao descrever a visita à casa de Mia Farrow em Connecticut, em agosto de 1992, quando ele supostamente teria molestado Dylan, o cineasta reconhece brevemente ter colocado a cabeça no colo da filha, de 7 anos. Mas acrescenta: 'Eu certamente não fiz nada impróprio para ela. Estava em uma sala cheia de pessoas assistindo à TV no meio da tarde.'


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