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Estado de Minas

Computação gráfica perde espaço em filmes e séries

Uso de efeitos visuais em produções do gênero de super-heróis, fantasia, ação e ficção científica está diminuindo e tendência já pode ser vista em Aves de rapina e Mulher-Maravilha 1984


27/12/2019 06:00 - atualizado 27/12/2019 07:49

(foto: Divulgação)
(foto: Divulgação)

A computação gráfica, mais conhecida pela sigla CGI, se tornou um recurso bastante comum no mundo dos filmes e das séries. A tecnologia, cada vez mais avançada, tem sido capaz de criar cenas e cenários inimagináveis anos atrás. No entanto, a mais recente safra de produções audiovisuais tem buscado fazer o caminho inverso, se reaproximando da realidade. O objetivo é tirar essa imagem mais “plástica” dos efeitos visuais. Outra tendência, que tem a mesma meta, é colocar os atores e as atrizes para fazer as cenas de luta, evitando os famosos dublês.

Com estreia prevista para 5 de fevereiro de 2020, o filme Aves de rapina: Arlequina e sua emancipação fantabulosa, de Cathy Yan, é um desses exemplos. O longa-metragem acompanha a história da vilã Arlequina (Margot Robbie), que, após se separar de Coringa (Jared Leto), resolve se juntar a outras anti-heroínas para lutar por Gotham.
A diretora revelou, em entrevista coletiva, que a fita tem menos efeitos visuais do que se costuma ver por aí: “O jeito em que gravamos foi para ser o mais real possível. Além disso, todas as atrizes tiveram treinos intensos de cerca de cinco meses para estar capazes de reproduzir as coreografias necessárias nas cenas. Tudo a que vocês assistirão no filme foi feito por nossas atrizes. Foi muito intenso. Todas são boas atrizes, mas também são boas lutadoras. Tiveram meses de treinamento”, afirmou Cathy Yan.

Essa é a tendência de outro filme do mesmo estúdio (Warner Bros.), Mulher-Maravilha 1984, que estreia em 4 de junho no Brasil e mostrará a protagonista lutando pelos humanos na década de 1980. A diretora Patty Jenkins admitiu, enquanto estava no painel dedicado ao longa da heroína na Comic Con Experience (CCXP), ter seguido o mesmo caminho que Cathy Yan. “A gente tentou fazer o máximo possível de realidade. Há uma ajuda (de efeitos visuais), claro, mas a maioria do que se vê na tela é real”, disse se referindo às cenas de luta feitas pela protagonista Gal Gadot, que volta a reprisar o papel da Mulher-Maravilha, e a diminuição do uso de efeitos visuais.

Tanto as produções do gênero de super-herói quanto as atrações de fantasia, ficção científica e ação costumam usar recursos visuais. Mas esses formatos também estão seguindo a tendência de querer se reaproximar do real. Esse foi o caso também do filme Esquadrão 6, de Michael Bay e lançado neste mês na Netflix. Gravado em seis cidades diferentes do mundo, a produção acompanha a história de um grupo de agentes altamente treinados e bilionários que forjam as próprias mortes para combater o crime sem ser identificados.

De cordo com o elenco, os efeitos práticos da fita tiveram menos CGI do que outras produções do diretor, a exemplo da franquia Transformers. “A parte mais legal deste filme é que nós realmente estávamos em Florença, dirigindo a mil quilômetros por hora, em umas ruas minúsculas. Não gravamos com tela verde. Foi incrível, divertido e definitivamente assustador”, garantiu Adria Arjona. O protagonista Ryan Reynolds confirmou a informação da colega de elenco: “O filme não tem muito CGI. Realmente somos nós lá, acabando com nós mesmos.”

DAEMONS 

O mesmo vale para a série His dark materials, adaptação da HBO para a saga de Philip Pullman, que estreou neste ano no canal da tevê por assinatura e tem uma segunda temporada confirmada para 2020. O elenco fez questão de destacar durante a CCXP o menor uso de efeitos visuais, ou, se usados, utilizados de forma a se aproximar de outros recursos reais.

Ruth Wilson, que faz a personagem Mrs. Coulter, contou que os atores tiveram a chance de atuar diretamente com o elenco que faz os daemons, animais que aparecem em efeitos visuais na série e representam uma espécie de alma fora do corpo dos personagens, e ainda havia no set alguns dos bichos, como uma cobra, para interação. A ideia era tornar tudo mais realista para o time.

No caso de Ruth Wilson, ela atuou diretamente com Brian Fisher, que dá vida ao daemon dela, um macaco. “Trabalhei com Brian, que faz meu macaco. Sabia que essa relação entre eles (Mrs. Coulter e o macaco) seria difícil. Então, seria melhor se nós pudéssemos trabalhar juntos”, avaliou.


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