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Estado de Minas

Paulo Coelho não confirma que Raul Seixas o entregou à ditadura 

"Não confirmei e não confirmo nada. Eu apenas vi o documento e me senti abandonado na época", disse o escritor no Twitter


23/10/2019 12:00 - atualizado 23/10/2019 14:21

(foto: Divulgação )
Paulo Coelho comentou, nesta quarta-feira, postagem que havia feito anteriormente sobre a polêmica envolvendo Raul Seixas de que o cantor o teria entregue à ditadura. "Não confirmei e não confirmo nada. Eu apenas vi o documento e me senti abandonado na época. Por isso que não quis dar entrevista para a @folhailustrada", disse, no Twiiter.



Mais cedo, o escritor postou uma mensagem relacionada à matéria publicada pelo jornal Folha de S.Paulo sobre o lançamento da biografia que cita o episódio."Fiquei quieto por 45 anos. Achei q levava segredo para o túmulo", escreveu.


Paulo Coelho foi o maior parceiro musical de Raul Seixas na década de 70. Juntos, eles escreveram e compuseram vários dos grandes sucessos da carreira do Maluco Beleza.  E também enfrentaram a ditadura, história oculta desde então. 

O livro "Raul Seixas: Não Diga que a Canção Está Perdida", do jornalista Jotabê Medeiros, está previsto para ser lançado no próximo dia 1º. 

À reportagem da Folha, Paulo Coelho não confirmou o episódio. "Não sou o tipo de pessoa que gosta de ficar olhando para chagas que já cicatrizaram" disse por email.
O caso teria acontecido em maio de 1974, quando "Krig-ha, Bandolo!" estourou, disco lançado no ano anterior e que já tinha mais de 100 mil cópias vendidas.

A relação entre os fatos vem a partir de um documento obtido pelo jornalista no Arquivo Público do Rio de Janeiro. Medeiros conta uma história do depoimento de Raul Seixas no Dops, o Departamento de Ordem Política e Social da ditadura militar. 

Segundo o jornalista, Raul ligou para o amigo para acompanhá-lo e ajudá-lo a dar os esclarecimentos sobre as músicas que haviam feito em parceria, dando a entender que o cantor teria entregado Paulo Coelho aos militares. 

Paulo Coelho não sabia, mas essa não era primeira vez naqueles dias que Raul ia ao prédio. "Comparei as datas e vi que, entre o primeiro depoimento de Raul ao Dops e o segundo depoimento, no qual ele levou Paulo Coelho, demorou pouquíssimo tempo", diz Medeiros à Folha.


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