Tokarczuk foi premiada por "sua imaginação narrativa que, com uma paixão enciclopédica, simboliza a passagem de fronteiras como forma de vida", afirmou o secretário da Academia Sueca, Mats Malm.
Leia Mais
Escândalo sexual inviabiliza Nobel de Literatura em 2018. EntendaApós escândalo sexual, Academia Sueca anuncia decisão de não entregar Nobel de LiberaturaOs grandes dilemas humanos ganham eco na obra do Prêmio Nobel, Peter HandkeFeira Canastra discute em BH cenário das editoras independentesSaiba por que Peter Handke é o Nobel que incomoda muita genteO prêmio foi concedido a dois autores depois que a atribuição da láurea no ano passado foi adiada devido a um escândalo sexual.
O escândalo revelou os segredos que ocorriam no interior de uma instituição afetada por intrigas e corrupção.
A Academia Sueca precisou lidar com as relevações de agressões sexuais de um francês, Jean-Claude Arnault, influente personalidade da cena cultural sueca e que recebia generosos subsídios da academia. Ele foi condenado a dois anos e meio de prisão por estupro.
Autora de uma dezena de livros, Olga Tokarczuk, 57 anos, é considerada na Polônia a escritora mais talentosa de sua geração.
Sua obra, variada e traduzida para mais de 25 idiomas, vai de um conto filosófico até um romance policial de tom ecológico, passando por um livro histórica de 900 páginas, Os livros de Jacó (2014). Seu único livro publicado no Brasil foi Os vagantes.
Identificada politicamente com a esquerda, ecologista e vegetariana, a escritora, que geralmente usa dreadlocks, não hesita em criticar a política do atual governo nacionalista conservador do Partido Direito e Justiça (PiS).
Peter Handke, 76 anos, publicou mais de 80 livros e é um dos autores de língua alemã mais lidos e interpretados do mundo.
Publicou sua primeira obra em 1966, As vespas, antes de se tornar famoso com o livro O medo do goleiro diante do pênalti, em 1970. "O Nobel de Literatura? Deveria acabar. É uma falsa canonização que não representa nada para os leitores", afirmou Handke há alguns anos.