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O apelido se dá porque ele, desde menino, trabalha com carrinhos de rolimã. “Eu era menino e já fabricava carrinhos, que vendia ou trocava com amigos. Recebia bolas, refrigerantes, ou, às vezes, dinheiro.”
Ontem, Walace chamou a atenção não só por ajustar carrinhos, mas por um protótipo, o trator de rolimã. Com pedal, para descer a pá, uma manivela para movimentá-la, um câmbio de freio e um volante hidráulico, era o objeto de desejo de praticamente todos que lá estavam. “Eu empresto para que desçam. A gente tem quem traga de volta para o ponto de partida.”
Outro que também chamou a atenção foi Ricardo Acácio, de 56 anos, que é o fundador da equipe General da Rolimã. Sem parte da perna direita, perdida em função de um câncer ósseo, ele dedica sua vida ao carrinho. Mesmo com prótese, ele anda de carrinho. Ontem, levou nada menos que 20 carrinhos para emprestar para quem quisesse.
“Aqui é um espaço que tem de ser usado para difundir o nosso esporte, carrinho de rolimã. É algo muito saudável. Existem, hoje, em Belo Horizonte, competições de bairros, além do Campeonato Mineiro e do Brasileiro. Além disso, todas as terça-feiras levo os carrinhos para a Esplanada do Mineirão. Todos são emprestados para o público”, disse.
O espaço serviu também para apresentação do carrinho para os mais novos. É o caso da arquiteta Carina Andrade, de 39 anos, que estava com o filho Dario, de 5. “Eu andava quando era menina. Vim para matar as saudades e também para apresentar ao meu filho. Queria que ele conhecesse. E já se apaixonou.”
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