A Turma da Mônica lançou nesta terça-feira (26) a primeira revista com a história de Edu, um menino de nove anos que tem distrofia muscular de Duchenne. O lançamento ocorreu durante o 15º Congresso Paulista de Pediatria, mas a novidade havia sido anunciada em fevereiro, na sede da Mauricio de Sousa Produções.
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"Provavelmente, não temos noção de quantas pessoas podem estar passando por esses sintomas e desconhecerem , então vamos divulgar isso para ajudar bastante. Vamos tratar de forma otimista, levar mensagem de carinho, esperança e mostrar que a vida pode ser vivida de qualquer maneira, com segurança, carinho e atenção", completou Mauricio de Sousa.
O objetivo da chegada do novo personagem é falar sobre inclusão e, principalmente, chamar a atenção das pessoas para a importância do diagnóstico precoce da DMD. Por meio da mãe e da professora de Edu, as pessoas terão um conhecimento didático sobre o tema na linguagem das crianças.
Mais duas revistas estão previstas ainda para esse ano: uma no meio do ano e outra em setembro, perto do Dia Internacional de Conscientização sobre DMD.
Sobre a distrofia muscular de Duchenne
A DMD é uma das milhares de doenças raras que existem no mundo, sendo que a estimativa é de seis a oito mil tipos. De origem genética, ela afeta principalmente meninos e é a distrofia muscular mais frequente na infância.
Alguns sinais básicos que podem indicar a doença são atraso no desenvolvimento motor, não andar entre 16 e 18 meses, atraso da fala e hipertrofia de panturrilha. Essa última característica, inclusive, é perceptível no quadrinho com a chegada de Edu à escola (imagem acima).
Outra indicação de DMD que pode ser verificada em casa, na escola ou no consultório é o sinal de Gowers, manobra em que a criança usa as mãos para 'escalar' o próprio corpo a partir de uma posição agachada, porque não tem força muscular no quadril e nas coxas.
Além dos sinais clínicos, é importante solicitar um exame de sangue para analisar os níveis de CK, enzima que é liberada no sangue quando os músculos estão danificados. Taxas extremamente altas, acima de dois mil, indicam distrofia. .