Artistas do México, Argentina, Chile e Colômbia e Brasil se apresentam no Fórum Internacional de Dança (FID), que começa neste sábado (24), em Belo Horizonte, e se estende até 14 de dezembro. Espetáculos serão realizados no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), Teatro Marília, Palácio das Artes e Centro Cultural Bairro das Indústrias.
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Dançarinos ensinam swing jazz ao público em festival gratuito em BHPrimeira edição do Festival Baixa Gastronomia começa nesta sexta-feira Festival I Love Jazz movimenta a Praça do Papa no fim de semanaCom coreografias, debates, filmes, exposição e livro, BH celebra Dia internacional da dançaForam convidados Carlos Castilian (México), Denise Fantini (Argentina), Flaviane Lopes (Brasil), Edson Beserra (Brasil), Johans Moreno (Colômbia), Leslie Apablaza Schimidt (Chile) e os bailarinos da Multidanças (Brasil): Gutielle Ribeiro, Márcia Neves, Robson Vieira e Rodrigo Peres.
A curadoria adotou como linha condutora desta edição a produção do conhecimento por países que não estão no chamado “centro”. “Fazemos dança a partir de modelo que a gente cria e escolhe. Não a partir de modelo e autorização externos”, explica Adriana Banana.
As curadoras defendem uma visão emancipada e libertadora da dança. “A pessoa não tem que fazer balé para ser autorizado a dançar outras coisas”, diz a curadora. Ela cita como exemplo Johas Moreno.
Johas construiu sua criação a partir da vivência de idosos. “Ele conseguiu produzir um corpo, uma dramaturgia a respeito de vida, morte e envelhecimento. Seu pensamento não espelha a ideia de centro e periferia. Não tem aquele dualismo de que se você está velho, não presta mais para produzir. Se você está velho, mantém-se ativo, produzindo cultura e compartilhando”, observa Adriana.
O FID 2018 estimula relações de reciprocidade, colaboração, solidariedade e intercâmbio entre países iberoamericanos. Serão realizados os Fóruns de Reciprocidade.
Na terça-feira (11/12), o bate-papo será com o colombiano Johans Moreno, da Al Paso Escénico, que falará sobre como a cultura popular e tradicional dialoga com a dança contemporânea.
LINHAS A primeira edição do FID foi realizada em 1996 com o propósito de abrir espaço para ações permanentes de reflexão sobre o corpo e o fazer artístico. Ao longo de duas décadas, surgiram várias linhas de atuação, como o Território Minas, para desenvolver a dança no estado; o Circulando Grande BH e Minas, que permite a grupos de dança e a outros programas do FID serem apresentados em centros culturais da capital; FIDoteca, acervo audiovisual sobre a dança; e o FIDeditorial, voltado para a publicação de catálogos e livros. Desde 2008, é realizada a versão destinada ao público infantojuvenil, o Fidinho.
O FID entende a dança como plataforma de integração, cooperação e internacionalização. O fórum articula a participação de grupos mineiros em festivais no exterior e a realização de turnês internacionais. Adriana cita como exemplo a turnê da Cia. Bia Rodrigues na Europa (Portugal e Áustria) e a viagem da Cia. de Dança do Palácio das Artes no Oriente (Jordânia, Líbano e Cisjordânia).
FID 2018
Sábado (24)
18h30 – Abertura.
El Club Minivenganzas y Menta Movement. De luces y sombras (Chile), com Leslie Apablaza. Centro de Cultura Bairro das Indústrias. Rua dos Industriários, 265, Bairro das Indústrias. Entrada franca. Informações: (31) 3246-0339. Confira a programação completa em www.fid.com.br.