Em cartaz no Espaço Cultural Vallourec, Ecologia do futuro, exposição do escultor mineiro José Amâncio de Carvalho, é uma espécie de obra de reflorestamento.
Usando tocos, pregos, chapas de aço e dejetos resultantes de agressões à natureza, o artista produz peças que remetem às espécies vegetais. Árvores, raízes, trepadeiras, arbustos e brotos artisticamente germinados compõem o conjunto, que pode ser conferido até 9 de julho.
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Esculpidas em formatos que ora lembram pulmões interligados por caules, ora remetem a figuras abstratas, as peças traduzem a liberdade, característica do trabalho do artista. “Minha inspiração vem muito de símbolos e enigmas. Gosto, sobretudo, da experimentação, da expressão livre. Por isso não me atenho a um só tema. Minha produção é a mais diversificada possível”, explica.
Natural de Passa Tempo, Região Oeste de Minas, José Amâncio de Carvalho é autor de obras espalhadas pela capital e região metropolitana, como os bustos de bronze de Alberto da Veiga Guignard (1896-1962), Lia Salgado (1914-1980), Sérgio Magnani (1914-2001) e Carlos Leite (1914-1995) instalados no Palácio das Artes.
Com 48 anos de carreira, José Amâncio foi professor da Escola de Belas-Artes da Universidade Federal de Minas Gerais.
ECOLOGIA DO FUTURO
Esculturas de José Amâncio de Carvalho. Espaço Cultural Vallourec.