Lima Barreto teve uma vida difícil. Pobre e negro nascido antes da abolição da escravatura, sofreu todas as formas de preconceito, mas combateu o racismo no final do século 19 e início do século 20. Escreveu uma obra que só ganhou reconhecimento depois de sua morte, em novembro de 1922.
Sexta-feira passada (11), no Sesc Palladium, a escritora Lilia Schwarcz e o ator Lázaro Ramos fizeram reverência à memória do escritor. No palco, os dois repetiram a aula que deram na abertura da Festa Literária Internacional de Paraty em 2017, edição que homenageou Lima.
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“Quem sabe, nesse momento em que vivemos, estejamos prontos para a atualidade de Lima, um escritor, um intérprete do contra, mas que foi sempre e à sua maneira, a nosso favor. A favor de uma república menos falha, uma democracia mais plena, um país menos exclusivista, menos racista, com menos feminicídios e com lugar para uma literatura militante, como a obra de Lima Barreto”, acrescentou.
Depois de pouco mais de hora e meia no palco, Lilia e Lázaro seguiram para o hall da Avenida Augusto de Lima do Sesc Palladium, onde receberam quase 100 pessoas. Fãs em busca de autógrafos para os livros dos dois e, claro, as intermináveis selfies.
Abaixo, confira a leitura do trecho de O homem que sabia javanês: