Ele fez história na MPB
O jornalista Toninho Vaz dedicou a sétima biografia que escreveu ao compositor Zé Rodrix. Ao lado de Luiz Carlos Sá e Gutemberg Guarabyra, ele formou, nos anos 1970, o trio que fez história na música brasileira. Rodrix integrou também a banda Som Imaginário, que tocou com Milton Nascimento e se tornou conhecida por mesclar rock, jazz e MPB.
“Sou muito amigo do Guarabyra. Perguntei-lhe a respeito do Rodrix, porque, dos três, era o que eu menos conhecia. Ele me contou a história e comecei a pesquisar”, conta Vaz, que lançou livros sobre o poeta Paulo Leminski e o compositor Torquato Neto, entre outros.
No exaustivo processo de produção da biografia de Rodrix, o jornalista paranaense entrevistou 70 pessoas. “Fui para São Paulo, fiquei 15 dias lá.
Vaz garante que o trabalho valeu a pena. “Gostei muito do resultado final. As pessoas a quem confiei a primeira leitura também. Com a aprovação das pessoas íntimas do Rodrix, tive mais certeza ainda de que deveria lançá-la.”
O livro revela um episódio marcante na vida de Rodrix. “Um dia antes da morte da Elis (Regina), o Zé estava com ela.
O FABULOSO ZÉ RODRIX
• De Toninho Vaz
• Editora Olhares
• 324 páginas
• R$ 68
• Lançamento nesta terça-feira (10), às 19h30, no Itatiaia Radio Bar (Rua Pium-í, 620, Carmo). Informações: (31) 2551-4844
Fux dá o Nobel a Fux
Na “trama”, o personagem Jacques Fux faz um discurso ao receber o Prêmio Nobel de literatura, dialogando com Franz Kafka, Gabriel García Márquez, Vargas Llosa e José Saramago, entre outros escritores.
Os quatro livros de Fux, de certa forma, estão interligados – todos remetem à ficção/autoficção, intertextualidade e clássicos da literatura, entre outros temas. Em Antiterapias, lembra o autor, o protagonista sonha em receber o famoso prêmio literário.
NOBEL
• De Jacques Fux
• José Olympio
• 128 páginas
• R$ 35,90
• Lançamento nesta terça-feira (10), às 19h30, no projeto Sempre um papo. Auditório da Cemig (Rua Alvarenga Peixoto, 1.200, Santo Agostinho). Entrada franca
Hilda, a mulher de coragem
A literatura erótica aproximou a professora da autora. “Trabalhava principalmente com obras francesas, todas voltadas para o pornô. Quando a Hilda lançou O caderno rosa de Lori Lamby, todo mundo ficou escandalizado. Era uma senhora de 60 anos falando sobre sexualidade, ninguém queria escrever sobre o livro.
Hilda gostou da crítica publicada no JB e fez questão de conhecer a professora pessoalmente. “Hilda ligou para a redação,perguntando meu telefone. Ela entrou em contato e marcamos um encontro. A partir daí, fiquei ainda mais próxima da obra dela, o que foi muito importante para a minha carreira”, diz a professora.
Esta noite, Eliane Robert de Moraes promete conduzir o público pelos textos da escritora. “Ela aborda temas muito variados e vou explorar isso. Também pretendo passar algumas chaves de leitura para as pessoas”, adianta.
POESIA A poeta e atriz Bruna Kalil vai interpretar os textos. Ela também chama a atenção para a pluralidade da autora. “Minha apresentação terá contos, poemas e textos dramáticos. Hilda é tão incrível que é possível dramatizar qualquer coisa que ela escreve”, diz.
Cursando mestrado em literatura brasileira na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Bruna conta que Hilda Hilst a fascinou.
LETRA EM CENA
A professora Eliane Robert de Moraes analisa a obra de Hilda Hilst. Nesta terça-feira (10), às 19h. Centro Cultural Minas Tênis Clube (Rua da Bahia, 2.244, Lourdes). Entrada franca. Inscrições devem ser feitas no site Sympla. Informações: (31) 3516-1027
* Estagiário sob supervisão da editora assistente Ângela Faria.