
Schwartz foi o artista que fez, nu, uma performance interativa no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), em setembro, quando, na ocasião, uma criança, que estava ao lado da mãe, tocou em sua perna e em sua mão.
Já Fidélis era o curador responsável pela exposição Queermuseu, cancelada pelo Santander em Porto Alegre, após críticas nas redes sociais por suposto retrato de pedofilia e zoofilia em algumas das obras selecionadas.
O autor dos pedidos de condução coercitiva foi o presidente da CPI, o senador Magno Malta (PR-ES). De acordo com ele, Wagner Schwartz e Gaudêncio Fidélis foram convocados pelo colegiado para depoimento, mas não compareceram. Segundo o site oficial do Senado, a CPI ainda decidiu criar também um grupo de trabalho com integrantes do Ministério da Justiça, da Polícia Federal e da Safernet.
saiba mais
Museu de Arte do Rio veta 'Queermuseu' por decisão do prefeito
'Só se for para o fundo do mar', diz Crivella sobre 'Queermuseu' no Rio
'Queermuseu': Santander não acatará decisão do MPF para reabrir mostra
MPF recomenda que Santander reabra a exposição 'Queermuseu' no Sul
MAM registra boletim de ocorrência contra agressões
Nas duas situações, o Ministério Público não entendeu que foram praticados crimes por parte dos museus ou dos artistas. Em Porto Alegre, o MPF recomendou que o Santander reabrisse a exposição Queermuseu, o que não ocorreu. Já em São Paulo, o MP local afirmou, em entrevista coletiva, que o maior dano causado à criança que tocou em Wagner Schwartz foi o fato do vídeo ter sido espalhado pela internet sem a aprovação dos responsáveis legais e que iniciaria uma investigação sobre isso.
O MAM, assim que as imagens da criança começaram a circular na web, esclareceu que havia, na sala, placas indicando sobre o conteúdo da performance.