Depois de passar por Suíça e México, a exposição Jardins móveis, vista também pelos capixabas, chega à capital mineira com 13 esculturas gigantes criadas pelos artistas Felipe Barbosa e Rosana Ricalde. Distribuídas entre os jardins da Praça da Liberdade e as galerias do Memorial, elas foram construídas com estruturas metálicas e objetos infláveis.
O “bosque encantado” foi concebido para parques da Cidade do México, a partir de um convite feito a Felipe e Rosana. Arbustos podados em formatos ornamentais e o comércio de balões de gás hélio, características daqueles espaços mexicanos, foram as principais fontes de inspiração da dupla.
“É interessante, porque os dinossauros chamam a atenção. A princípio, as pessoas não decifram de que eles são feitos. Isso gera muita curiosidade, pois adultos e crianças chegam perto para vê-los. O jogo geométrico das instalações e o diálogo que elas estabelecem com o ambiente são bem interessantes”, diz Felipe Barbosa.
CONSUMO A lúdica manada também faz um convite à reflexão crítica. O artista observa que os infláveis remetem tanto à produção de objetos em massa quanto à ideia de lazer, atividade extremamente ligada ao consumo, sobretudo nos grandes centros urbanos.
Apresentada pela primeira vez dentro do perímetro urbano, a exposição desperta novos pontos de vista, acredita Felipe Barbosa.
CONEXÃO Barbosa diz que quem estiver na praça talvez se sinta convidado a entrar no Memorial Minas Gerais Vale, onde estão as demais esculturas. “A exposição pode conectar muita gente, pela primeira vez, com um museu”, ressalta.
Felipe acredita que o fato de a mostra ficar na Praça da Liberdade vai atrair mais público. “Em Vila Velha (ES), não estávamos na rua e batemos recorde de visitantes. Cerca de 40 mil pessoas foram conferir os dinossauros. Em BH, por conta da facilidade de acesso, esperamos muito mais audiência”, conclui.
JARDINS MÓVEIS
Instalação com esculturas de animais gigantes. Até 12 de novembro, na Praça da Liberdade e no Memorial Minas Gerais Vale (Praça da Liberdade, 640, Funcionários). O museu funciona às terças, quartas, sextas-feiras e sábados, das 10h às 17h30; às quintas-feiras, das 10h às 21h30; e aos domingos, das 10h às 15h30. Entrada franca. Informações: (31) 3308-4000.
“O jogo geométrico das instalações e o diálogo que elas estabelecem com o ambiente são bem interessantes”
Felipe Barbosa, escultor.