Em julho, Priscila pintou um dos quatro murais do projeto Circuito de Arte Urbana (Cura), no Centro de BH. Ele fica no Hotel Rio Jordão, na Rua Rio de Janeiro, e é considerado a maior tela a céu aberto da América Latina feita por uma mulher.
A mineira foi selecionada pelo governo francês para um programa de residência artística. “Convidamos de três a quatro autores, e a Priscila foi a primeira artista visual. É um lindo encontro dela conosco. Emerge do seu trabalho a força da mulher, do feminino”, afirma Sarah Wasserstrom, coordenadora do chateau.
Com o suporte do edital Circula Minas, Priscila ministrou oficinas de formação para crianças e adolescentes.
NOVIDADE Depois de selecionada pelo governo francês, Priscila indicou o local onde gostaria de fazer a residência. “Escolhi o Chateau de Goutelas, porque vi o trabalho de Ella & Pitr, a dupla de street artists muito famosa, que adoro.” Ela conta que escritores costumam ir àquela região para escrever, devido à tranquilidade e silêncio. “Um artista visual é novidade para eles”, diz.
A partir da vivência no castelo, a mineira desenvolveu trabalho ligado às sensações e sentimentos que o lugar lhe suscitou. “Fiz uma intervenção na fachada interior, dentro da muralha. O chateau é uma muralha muito forte, mas está aberto por 24 horas e guarda uma paz enorme”, afirma.
A pintura de Iemanjá, carregando a planta espada-de-são-jorge, envolve duas fachadas e uma das torres. Priscila também pintou sete rosas no chateau.
Cercado por muralhas e localizado em uma região bucólica, o castelo foi aberto à visitação depois que passou a ser administrado pela comunidade. Depois de um período abandonada, a edificação foi transformada em centro cultural..