Embora Banksy e Haring já tivessem aparecido anteriormente entre os 10 primeiros, é a primeira vez que quatro grafiteiros entram nessa lista, o que mostra que a arte urbana é um dos “setores mais dinâmicos do mercado da arte atual”, segundo a Artprice. “Enérgica e inventiva, popular e midiática”, este tipo de arte “seduz um número crescente de colecionadores”.
“Estes artistas se adaptaram ao comércio da arte, como o comércio da arte se adaptou a eles. Suas obras circulam tanto nas redes sociais como nas galerias e salões de vendas”, afirma o relatório do líder mundial de bancos de dados sobre os índices da arte.
O interesse pelos grafiteiros se estende até a nova geração: os brasileiros Osgemeos (Otavio e Gustavo Pandolfo) bateram um novo recorde com sua obra Untitled, vendida em novembro passado em Nova York por US$ 310 mil, a preço de martelo, ou seja, sem comissões. O nova-iorquino Kaws também multiplicou seus resultados, chegando a US$ 410 mil, com a escultura Seated companion, leiloada em Hong Kong em maio passado.
ARTE MODERNA Por outro lado, a Artprice destacou que a evolução do mercado contemporâneo (artistas nascidos depois de 1945) foi acompanhada da subida dos preços das vendas. O montante médio para uma obra contemporânea (pintura, escultura, desenho, instalação, etc) foi de US$ 27 mil, em comparação com US$ 26,1 mil, durante o exercício anterior.
A arte moderna (artistas nascidos entre 1860 e 1920) continua sendo “o peso-pesado do mercado”, mas a arte contemporânea “desempenha agora o papel de locomotiva”. Por países, os Estados Unidos concentraram 43,8% do mercado, a China 23,5%, seguida pela Grã-Bretanha (22,1%).
Por casas de leilões, a americana Sotheby’s “domina o mercado da arte contemporânea internacional”, com US$ 541,6 milhões em transações, na frente da concorrente britânica Christie’s ( US$ 421,3 milhões) e da Phillips (US$ 191,4 milhões).
A liderança da Sotheby’s se deve, em parte, aos US$ 110,5 milhões que o colecionador japonês Yusaku Maezawa pagou em maio por uma criação de Jean-Michel Basquiat, Untitled, desde então a obra mais cara da arte contemporânea. (AFP).